Boa Noite, Mundo (2023) poderia ser muito melhor

‘Boa Noite, Mundo’ é ambientado em um jogo de realidade virtual chamado “Planet”. Nele temos uma equipe conhecida como “A Família Akabane”, a mais forte daquele mundo. No entanto, há uma regra rígida dentro dela: não investigar a vida offline dos membros da equipe. Quando os limites entre o jogo e a realidade começam a se misturar, segredos são revelados, e a busca pelo temível “Pássaro Negro da Felicidade” começa.

Esse é o típico anime que tinha um potencial maior do que conseguiu realizar. O começo realmente conseguiu me prender, mostrando o contraste entre a vida real do nosso protagonista e a vida que ele levava dentro do jogo online, Planet. Nos fazendo entender os motivos pelos quais vemos tudo aquilo acontecendo.

Mesmo o jogo é interessante. Sendo um fator que consegue adicionar muito na relação entre as pessoas e o jogo, e até mesmo entre essas pessoas dentro daquele local. Onde algumas delas o utilizam como uma forma de diversão e outras como um escape da realidade.

O problema é o final. Todo o conflito principal é bobo. Saímos de uma questão mais filosófica, e chegamos à uma literal briga contra algo que prendeu as pessoas em um mundo digital. O que era interessante dos personagens se perde, temos um deus ex-machina atrás do outro para resolução de conflitos e até mesmo o fato do pássaro negro ser a irmã que morreu não tem o impacto que deveria ter.

Não sei se ficou corrido por conta de serem apenas 12 episódios, mas é fato que parece que existe um speedrun do plot nos últimos 3/4 episódios. O que é uma pena. Eu estava curtindo bastante até esse momento e fico triste que tenha um final tão corrido e tão fraco. Ainda me divertiu, principalmente no começo até a briga entre Pico e Shiro, mas tinha potencial para ser melhor. O que, infelizmente, não foi o que aconteceu.

Série: Boa Noite, Mundo
Distribuído pela: Netflix
Episódios: 12
Nota: 06/10

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