Exterminador do Futuro Zero: como o anime se encaixa na linha do tempo da franquia?
Além de saber como o anime se encaixa na franquia, conheças as inspirações que moldaram o desenvolvimento do anime
Publicado em 31 de Agosto de 2024, às 15h09
Exterminador do Futuro Zero, chegou com a promessa de oferecer uma nova perspectiva sobre a eterna guerra entre humanos e máquinas. Não atoa que a trama veio em formato de anime.
Com oito episódios, o anime nos leva a uma trama descentralizada dos personagens clássicos e lança um novo olhar sobre a revolta da inteligência artificial.
Mas, como essa nova produção se encaixa na complexa linha do tempo da série?
O anime se passa em 2022, um período em que a guerra entre humanos e robôs já perdura por décadas. A história revela uma soldada que viaja no tempo e é enviada de volta a 1997 para proteger o cientista Malcolm Lee, que trabalha na criação de um novo sistema de IA capaz de competir com a Skynet e evitar o apocalipse iminente.
Diferente dos filmes que popularizaram a franquia, Exterminador do Futuro Zero é ambientado no Japão, destacando os primeiros ataques da Skynet à ilha. As produções anteriores têm os cenários americanos e a história de Sarah e John Connor como elementos centrais, mas aqui, mencionam-nos de forma sutil, sem citar seus nomes diretamente. A presença onipresente da Skynet, no entanto, garante que os fãs sintam a familiaridade do universo.
Uma das características mais intrigantes do anime é sua abordagem da viagem no tempo. De acordo com as memórias da soldada viajante, quando um soldado altera o passado ou futuro, uma nova ramificação da linha do tempo é criada. Esse conceito posiciona Exterminador do Futuro Zero em uma linha do tempo alternativa, separada das demais produções da franquia. Essa abordagem oferece aos criadores a liberdade de explorar novos cenários e personagens, enquanto mantém a essência da luta contra a Skynet.
Inspirações que Moldaram o Anime
Em uma entrevista ao Anime Corner, Mattson Tomlin, showrunner de Exterminador do Futuro: Zero, e Masashi Kudo, diretor do anime, discutiram suas principais inspirações para a criação dessa nova obra. Tomlin revelou que Animatrix foi sua porta de entrada para o gênero anime, influenciando diretamente seu trabalho na série. “Tento sempre tornar meus projetos pessoais, conectando-os a algo primitivo dentro de mim, o que geralmente me leva a minhas primeiras influências, como Animatrix.”
Por outro lado, Kudo destacou a importância de Mobile Suit Gundam em sua carreira, mencionando o impacto que o diretor Yoshiyuki Tomino teve em sua trajetória. “Gundam está enraizado em mim, tanto como criador de anime quanto como pessoa que trabalha nessa área”, disse Kudo, mostrando como essas influências moldaram a narrativa visual e temática de Exterminador do Futuro Zero.
É certo dizer que o anime não apenas honra as raízes da série, mas também introduz elementos frescos que prometem cativar tanto os fãs de longa data quanto novos espectadores.
Ao posicionar-se em uma linha do tempo alternativa, essa produção abre portas para infinitas possibilidades dentro do universo de O Exterminador do Futuro.