10 clássicos de terror para se prepara para o Halloween
Para fazer aquele esquenta para o Halloween preparamos uma lista de dez clássicos que nenhum fã de terror pode deixar de assistir
Publicado em 28 de Outubro de 2022, às 17h00
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Para alguns o mês de Outubro é famoso por ser o mês das Crianças. Mas para os fãs do gênero terror, Outubro é o mês do Terror, sendo a data sagrada dia 31 de Outubro, quando se é comemorado o Halloween, também conhecido como Dia das Bruxas.
E para fazer aquele esquenta na faixa para a data, preparamos uma lista de dez clássicos que nenhum fã de terror pode deixar de assistir
O Exorcista
Adaptado por William Peter Blatty a partir do seu livro homônimo, e dirigido por William Friedkin, o filme de 1973 marcou a história do cinema como o primeiro terror a ser indicado a melhor filme no Oscar
A trama se passa em Georgetown, Washington, uma atriz vai gradativamente tomando consciência que a sua filha de doze anos está tendo um comportamento completamente assustador. Deste modo, ela pede ajuda a um padre, que também é um psiquiatra, e este chega a conclusão de que a garota está possuída pelo demônio. Ele solicita então a ajuda de um segundo sacerdote, especialista em exorcismo, para tentar livrar a menina desta terrível possessão.
O Exorcista marcou o cinema com cenas icônicas, como vômito de sopa de ervilha, a menina se arrastando de cabeça para baixo, famoso giro de pescoço, mas o seu ritmo e clima sinistro também são inesquecíveis, O filme foi indicado a 10 categorias no Oscar, e acabou vencendo Melhor Roteiro e Mixagem de Som. E o filme esta disponível no HBO Max.
O Massacre da Serra Elétrica
O subgênero de slasher teve seu ápice na década de 1980, mas em 1974 era lançado um dos maiores exemplos do gênero dirigido e roteirizado por Tom Hopper, e foi o filme que ajudou a catapultar e popularizar o slasher.
A trama conta a história de um caso ocorrido em 1973, a polícia texana deu como encerrado o caso de um terrível massacre de 33 pessoas provocado por um homem que usava uma máscara feita de pele humana e carregando uma motosserra. Sobre a óptica do único sobrevivente do massacre assistimos em detalhes o que realmente aconteceu na deserta estrada do Texas, quando ele e mais 4 amigos estavam indo visitar o seu avô.
O filme teve uma produção feita com pouco dinheiro e atores inteiramente desconhecidos. Mas o resultado, conquistado através de uma ótima direção e controle da tensão, se mostrou uma jornada sobre insanidade e a natureza da violência.
Halloween
O clássico de John Carpenter, instituiu os rumos do terror e do slasher pelos anos seguintes, mudou as regras do jogo e elevou o padrão de direção no gênero.
O filme conta a história de Michael Myers um psicopata que vive em uma instituição há 15 anos, desde quando matou sua própria irmã. Porém, ele consegue fugir de seu cativeiro e retorna à sua cidade natal para continuar seus crimes na localidade que, aterrorizada, ainda se lembra dele. Em uma noite de matança pela vizinha, ele persegue uma vítima em particular, a histórica Laurie Strode, interpretada por Jamie Lee Curtis.
![Halloween - A Noite do Terror (1978) | Trailer Oficial [Legendado]](https://i.ytimg.com/vi/emN1KbD_DxM/mqdefault.jpg)
Halloween é uma obra completa, com trilha sonora inesquecível do próprio Carpenter, a criação de um dos maiores ícones do terror, direção de suspense e mistério impecáveis. E sendo a maior influência para o gênero, estabelecendo elementos como a “final girl”, assassinato de adolescentes promíscuos, telefonemas sinistros, uma música tema para o antagonista, e introduz um dos seus elementos mais importantes: o mal inexplicado.
Carrie- A Estranha
A adaptação do primeiro conto de Stephen King, dirigida por Brian De Palma, funciona como terror em diversos níveis, sendo o seu principal elemento a empatia que a narrativa constrói em cima de sua protagonista, nos fazendo testemunhar até onde ela pode ir para cumprir os seu atos de vingança.
Carry White uma jovem que não faz amigos em virtude de morar em quase total isolamento com Margareth, sua mãe, uma pregadora religiosa que se torna cada vez mais ensandecida, o que faz a garota se torna um alvo fácil de bullying em sua escola. Desenvolvendo sua força através de poderes telecinéticos, Carrie impõe sua vingança quando é ridicularizada por seus colegas na formatura
Mesmo sendo um filme, cuja a trama adolescente sustenta a maior parte de sua duração Carrie encontra o seu suspense na relação da garota com sua mãe, e o terror psicológico praticado pela mais velha. Mas é em seu final, que a história se transforma em um terror evidente terminando com um dos jump-scares mais memoráveis do cinema.
O filme se torna grandioso também pelas performances marcantes de Sissy Spacek e Piper Laurie – indicadas ao Oscar por suas atuações – e uma trilha sonora perfeita de Pino Donaggio. E a sua complexidade faz de Carrie um terror tão duradouro e relevante até os dias atuais.
O Brinquedo Assassino
O Brinquedo Assassino não é o primeiro filme de terror a figurar um boneco como grande ameaça, e definitivamente não foi o último, mas com a combinação de suspense de slasher, magia e humor, Chucky se tornou o símbolo absoluto de bonecos assassinos.
No filme acompanhamos a história de Andy e sua mãe Karen, que se mudam para uma nova cidade em busca de um recomeço. Preocupada com o desinteresse do filho em fazer novos amigos, ela decide dar um boneco tecnológico, que se tornaria um companheiro para o garoto. Os problemas começam a surgir quando o boneco Chuck se torna extremamente possessivo em relação a Andy e está disposto a fazer qualquer coisa para afastar o garoto das pessoas que o amam.
Um dos fatores mais amedrontadores de Chucky é a sua posição como companheiro de Andy, e como durante o filme, não apenas Andy é acusado dos crimes do boneco, como também sofre a perseguição de Chucky, provocando um efeito devastador. O boneco é também um dos maiores exemplos de assassinos imbatíveis: ele sempre retorna, não adianta que se faça.
O Brinquedo Assassino se tornou uma das franquias mais duradouras do terror, contando com seis sequências cinematográficas, HQs e uma série de TV.
Sexta feira 13
O primeiro capítulo da saga, dirigido por Sean S. Cunningham foi lançado em 1980, no entanto, traz apenas uma breve menção ao psicopata do Acampamento Crystal Lake. Mas foi somente no terceiro longa, de 1982, que Jason apareceu como é conhecido hoje, com a icônica máscara de hockey.
A trama do filme conta sobre uma série de assassinatos que ocorrem no acampamento Crystal Lake, em seu ano reabertura. Quando novos monitores são contratados, eles começam a desaparecer mais uma vez, assassinados brutalmente, um por um.

Com uma câmera bem trabalhada, que coloca o espectador no ponto de vista do assassino, e revelações limitadas à vestimenta do criminoso trazendo a curiosidade do púbico para saber quem é o assassino, o longa traz um twist de gênero memorável ao desvendar finalmente quem realmente estava aterrorizando os jovens
O Despertar dos Mortos
A produção independente de George Romero popularizou os comedores de cérebro, e é nesse longa que o cineasta se prova como um mestre do horror ao expandir o escopo do apocalipse zumbi.
A trama se passa nos Estados Unidos durante uma epidemia que transforma pessoas em zumbis assassinos, e vem devastando o país. As causas dessa doença são desconhecidas, mas todos os cadáveres que são afetados pelo vírus se tornam mortos-vivos, famintos por carne humana. Diante deste cenário de caos e desolação, o governo recruta uma equipe para acabar com a ameaça. Só que as coisas não saem como planejado e os quatro membros da equipe se refugiam em um shopping local.
O que firma Despertar dos Mortos no patamar de clássico é o fato de ter um pouco de tudo, sempre muito bem feito: há tensão, sangue, comédia e crítica. O filme até hoje é uma das grandes referência do subgênero, influenciando desde comédias como Zumbilândia, jogos como Dead Rising.
O Bebê de Rosemary.
Hoje, todos que conhecem a indústria cinematográfica, já ouviram falar de Roman Polanski. Mas em 1968, ele era pouco conhecido fora da Europa, até que em maio, foi lançado nos cinemas o que se tornaria um novo clássico do terror: O Bebê de Rosemary.
O filme conta a historia de um jovem casal, Rosemarey e Guy Woodhouse, que se muda para um prédio The Bramfor, que é habitado por estranhas pessoas, e onde coisas bizarras acontecem. Quando ela engravida, passa a ter estranhas alucinações e vê o seu marido se envolver com os vizinhos, uma seita de bruxas que quer que ela dê luz ao Filho das Trevas.
Com a construção do suspense através de um realismo memorável, com a total falta de elementos sobrenaturais, a adaptação do livro de Ira Levin se tornou icônica, pois levava as ameaças ao ambiente urbano, e popularizou as ideias de satanismo, criando espaço e interesse para uma nova geração de filmes sobre o demônio.
Com atuações marcantes, uma trilha sonora infantil sinistra, e uma capacidade de construir tensão mesmo retratando atividades rotineiras, o longa ainda serve como padrão para qualquer filme que lide com o oculto.
A Hora do Pesadelo
Wes Craven já era um diretor conhecido no gênero do terror, sendo responsável por obras de sucesso como Aniversário Macabro e Quadrilha de Sádicos. Mas foi em 1984, com o longa A Hora do Pesadelo que ele se consagrou como um dos mestres do terror, brincando com os limites da realidade e torna o simples ato de dormir, uma atividade amedrontadora.
A Hora do Pesadelo acompanha um grupo de adolescentes que passam a ter pesadelos horríveis, onde são atacados por um homem deformado com garras de aço, que mais tarde seria conhecido como Freddy Krueger. Ele apenas aparece durante o sono e, para escapar, é preciso acordar

O curioso e cativante da obra de Craven é que o filme é um slasher clássico, mas com um elemento simples que faz toda a diferença: os atos são cometidos em uma outra dimensão. E para isso o diretor ambientou o mundo irreal de maneira brilhante.
Para o filme, Craven queria um assassino sem máscara, o que era um pouco incomum para época, mas isso não o impediu de construir uma das faces mais assustadoras do terror, e com a inesquecível performance de Robert Englund.
O clássico de 1984 gerou uma das maiores franquias do terror, com várias sequências cinematográficas, uma série de TV e um remake de 2010.
Alien- O 8º Passageiro
A obra de Ridley Scott é tão confiante na definição de seu estilo, slasher com ficção cientifica, que até hoje, não foi superada por ninguém, nem mesmo pelas próprias continuações do seu criador
Ambientado em um futuro de exploração espacial, a trama conta a história de uma nave espacial ,a Nostromo, que ao retornar para Terra, recebe estranhos sinais vindos de um asteróide. Ao investigarem o local, um dos tripulantes é atacado por um estranho ser. O que parecia ser um ataque isolado se transforma em um terror constante, pois o tripulante atacado levou para dentro da nave o embrião de um alienígena, que não para de crescer e tem como meta matar toda a tripulação.
O diferencial dessa obra não é acompanhar corredores cromados e bravos comandantes, como muitas obras de ficção cientifica da época, mas sim os comuns trabalhadores de uma nave que está caindo aos pedaços, ambientada com uma tecnologia retrô, a pegada industrial, o visual operário da tripulação, criando um charme mais real e concreto.
A tensão de Alien não vêm só de esconder o visual de seu antagonista, mas também da disputa de poder entre a tripulação e a manipulação por um integrante mal-intencionado, funcionando muito bem como uma obra que transcende gêneros.
Até hoje, a obra serve de inspiração para a cultura pop, sendo um daqueles poucos filmes verdadeiramente perfeitos, e polidos do começo ao fim.
Os filmes podem ser encontrados em streamings como HBO Max e Amazon Prime