Conheça os subgêneros da Fantasia e como os filmes são classificados

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Explorado pela indústria cultural através de filmes, séries e livros, o gênero de fantasia possui diversas divisões para classificar suas obras; entenda este gênero

Autor Karla Beatryz
Karla Beatryz

Publicado em 5 de Agosto de 2023, às 15h25

Série Anéis do Poder - Foto: Divulgacão/PrimeVideoSérie Anéis do Poder – Foto: Divulgacão/PrimeVideo

O gênero de fantasia é explorado pela indústria cultural através de séries, filmes e livros. Essas produções retratam histórias com elementos mágicos, místicos e sobrenaturais. Obras como “O Senhor dos Anéis”, “Harry Potter”, “As Crônicas de Nárnia”, “Game of Thrones” e “The Witcher” são facilmente associados a esse gênero, mas “Percy Jackson”, “As Cronicas de Spiderwick” e “Arcane” também são fantasias, apesar de serem obras distintas. 

De forma simplificada, a fantasia pode ser classificada nas seguintes vertentes: alta fantasia, baixa fantasia, espada e magia, fantasia científica e fantasia sombria. Essas divisões possuem, ainda, subdivisões. 

Alta Fantasia

As obras de alta fantasia acontecem em outros mundos, conhecidos como “mundos secundários”, com suas próprias leis físicas, limitações e sistemas mágicos. Existe toda uma construção mitológica naquele universo, como fauna, flora, estações e religiões. Neste gênero, apesar das dificuldades, o bem e os protagonistas vencerão e o equilíbrio retornará ao universo. 

Temas como heroísmo, coragem, lealdade, justiça e a luta entre o bem e o mal são presentes nessas histórias, contadas com elementos da fantasia de imersão: quando a história ocorre inteiramente no mundo mágico. A trilogia de “O Senhor dos Anéis” e “O Hobbit” são exemplos clássicos da alta fantasia, assim como os livros “O Nome do Vento”, “Eragon” e o livros da franquia “Senhor dos Anéis”, de J. R. R. Tolkien. 

Arte de Senhor dos Anéis - Foto: Reprodução/Web
Arte de Senhor dos Anéis – Foto: Reprodução/Web

Dentro da alta fantasia, estão as obras de fantasia épica. Esse subgênero caminha lado a lado com a alta fantasia, mas acrescenta uma trama em grande escala, com proporções épicas – como o nome sugere. Essas obras acrescentam assuntos políticos e sociais, ao invés da habitual jornada do herói. As séries “A Roda do Tempo”, “Anéis do Poder”, “Sombra e Ossos” e o filme “Coração de Dragão” se encaixam aqui. 

Apesar das histórias se passarem em um mundo novo e com elementos mágicos, o subgênero grimdark é considerado uma resposta ao otimismo da alta fantasia. Essas obras possuem temas mais pesados e “adultos”, contendo sexo, violência, xingamentos, sujeira, morte e personagens cinzentos, fugindo do habitual bem contra o mal. 

O escritor e romancista Adam Roberts descreveu o gênero como “onde ninguém tem honra e onde o poder é um direito”. Ele afirma que o nome se refere a uma literatura que não tem visões idealizadas da fantasia medieval, ressaltando como aquela época era desagradável, brutal e sombria. 

Daenerys, Vox Machina e Rhaenyra - Foto: Arte/GeekShip
Daenerys Targaryen, Vox Machina e Rhaenyra Targaryen – Foto: Arte/GeekShip

Neste subgênero se destacam as séries “Game of Thrones”, “Vox Machina”, “House of the Dragon”, assim como a saga de livros de George R. R. Martin, “As Crônicas de Gelo e Fogo”. 

Fantasia de Portal 

Arte das Crônicas de Nárnia - Foto: Reprodução/Web
Arte das Crônicas de Nárnia – Foto: Reprodução/Web

Entre a alta e a baixa fantasia – que será explicada abaixo – estão as obras que contêm o elemento fantasia de portal. Nesta categoria, para entrar no mundo mágico e sair do mundo real, o protagonista precisa cruzar um portal, como um guarda-roupa, buraco de coelho ou espelho. 

Essa categoria contém obras tanto de alta quanto baixa fantasia, como os livros e filmes das “Crônicas de Nárnia”, “Harry Potter”, “Alice no País das Maravilhas”, “Coraline”, “Star vs As Forças do Mal”, “Animais Fantásticos” e “O Mágico de Oz”. Esse artifício se tornou um facilitador para contar histórias mágicas na literatura e no cinema. 

Baixa Fantasia 

Deixando os mundos secundários, a baixa fantasia acontece no mundo real, o nosso mundo. Esses elementos mágicos podem ser separados por uma barreira mágica, existir em harmonia ou usar os elementos de fantasia intrusiva, quando o mundo mágico se infiltra em nossa realidade (comum em obras de horror e sobrenatural). Independente de como a fantasia esteja presente, neste gênero as aventuras estão em nosso mundo, em qualquer período histórico. 

Nesse gênero se destacam os filmes e os livros da franquia “Harry Potter”, “A Bússola de Ouro”,  “Labirinto do Fauno”, “O Lar da Srta. Peregrina para Crianças Peculiares”, “Mary Poppins”, “Matilda”, entre outros. 

Arte de Harry Potter - Foto: Reprodução/Web
Arte de Harry Potter – Foto: Reprodução/Web

Dentro da baixa fantasia, existe o subgênero de fantasia urbana. Aqui os personagens e os conceitos mágicos vivem no cenário urbano do nosso mundo. Essas histórias ocorrem na atualidade, a partir do século XXI, no mundo moderno. As franquias “Percy Jackson”, “Instrumentos Mortais”, “Deuses Americanos”, “Once Upon a Time” e “Teen Wolf” se encaixam aqui. 

Espada e Magia 

Geralt de Rívia e Anduin Lothar - Foto: Netflix e Reprodução/Web
Geralt de Rívia e Anduin Lothar – Foto: Netflix e Reprodução/Web

A principal característica de espada e magia, ou espada e feitiçaria, são os protagonistas fortes e musculosos enfrentando seres sobrenaturais, sejam bruxos, demônios e dragões. O foco está nas batalhas e desafios mágicos. Apesar de ocorrerem, geralmente, em um mundo secundário (um elemento de alta fantasia), as habilidades em batalha dos protagonistas são mais importantes que o mundo mágico. 

Alguns exemplos de espada e magia são as obras “The Witcher”, “Conan, o Bárbaro”, “Guerreiros de Fogo”, “O príncipe Guerreiro”, “Fúria de Titãs”, “He-Man”, “Hércules”, “O Dragão e o Feiticeiro” e “Warcraft”. 

Fantasia Científica 

Obi-Wan contra Darth Vader - Foto: Divulgação/Disney
Obi-Wan contra Darth Vader – Foto: Divulgação/Disney

Vivendo entre a fantasia e a ficção científica está a fantasia científica, misturando características dos dois gêneros. Essas obras precisam conter elementos tecnológicos que convivem com criaturas mágicas. Dragões, robôs, magia e até aliens convivem no mesmo mundo neste gênero. 

Os mundos podem ser principalmente fantásticos ou principalmente tecnológicos, mas a junção entre os dois elementos está sempre presente. Alguns exemplos são a saga “Star Wars”, “Duna”, “Arcane”, “Avatar”, “As Crônicas de Shannara” e o livro “Uma Dobra no Tempo”.

Fantasia Sombria 

HellBoy - Foto: Reprodução/Web
HellBoy – Foto: Reprodução/Web

As obras de fantasia sombria podem ser confundidas com suspense ou terror, por inserir elementos de horror no mundo fantástico. Esse gênero possui inspiração no sobrenatural e podem se passar tanto em mundos secundários como em nosso próprio mundo. O escritor norte americano Karl Edward Wagner explique que “apenas histórias de horror sobrenatural que se passem parcialmente ou totalmente em mundos secundários podem ser chamados de fantasia sombria”. 

Nas histórias, geralmente, os antagonistas são criaturas paranormais, como fantasmas, vampiros, lobisomens e demônios que tentam dominar o mundo que conhecemos. Algumas obras de fantasia sombria são “Hellboy”, “A lenda do Cavaleiro Verde”, “Labirinto”, “Edward Mãos-de-tesoura”, “A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça”, “Noiva Cadáver”, “O Caldeirão Negro” e os livros “Nona Casa” e “Alameda dos Pesadelos”. 

Outros subgêneros 

A fantasia possui, ainda, inúmeros subgêneros e divisões dentro destes subgêneros. As obras de fantasia podem transitar entre vários gêneros, ou possuir mais de um. Um exemplo é a série “The Witcher”. A trama acompanha Geralt em uma história clássica de espada e magia, mas com elementos de alta fantasia, ao mesmo tempo.

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Outras definições menores, dentro da fantasia, são: realismo mágico, fantástico, fábula, conto de fadas, fantasia romântica, fantasia mitológica, cozy Fantasy e outros.