Crítica | Nimona (2023)

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Um filme divertido do começo ao fim. Com ótimos personagens, uma trama interessante e discussões que estão sempre em voga na nossa vida.

Autor Léo Fuita
Léo Fuita

Publicado em 10 de Julho de 2023, às 11h47

Crítica | Nimona (2023)NIMONA – A Knight (Riz Ahmed) is framed for a crime he didn’t commit and the only person who can help him prove his innocence is Nimona (Chloë Grace Moretz), a shape-shifting teen who might also be a monster he’s sworn to kill. Set in a techno-medieval world unlike anything animation has tackled before, this is a story about the labels we assign to people and the shapeshifter who refuses to be defined by anyone. Cr: Netflix © 2023

A trama gira em torno de uma garota chamada Nimona, que possui a habilidade de se transformar em qualquer coisa que desejar. Ela se junta à Ballister Coração Bravo, para provar a inocência do cavaleiro em relação a uma acusação injusta de um crime.

Eu tenho visto menos filmes de animação ultimamente. Talvez por estar um pouco saturado das mesmas franquias ou por conta da fórmula Disney não me chamar mais tanta atenção. Porém por algum motivo eu gostei bastante dos trailers desse filme e quis conferir. Já que se tratava de algo um pouco diferente do que estamos acostumados.

O que se provou uma boa decisão. Esse é um daqueles filmes que são divertidos do começo ao fim. Isso tudo ainda contando uma história interessante e coesa, sem precisar de longas explicações em off que são tão enfadonhas algumas vezes.

Reprodução / Netflix

Começando por uma animação bem legal de se ver. O estilo cartunesco é interessante e o modo como eles o utilizam é sempre muito competente. Deixando a imaginação brilhar em alguns momentos e sendo bem protocolar em outros, para que os momentos mais importantes realmente tenham o foco necessário.

Mas o mais legal do filme são os personagens. Ballister tem toda uma complexidade, já que é um cavaleiro que não veio da ‘nobreza’ que existe naquele mundo. Sendo, obviamente, alvo de preconceito por parte das pessoas mas que também acaba virando um símbolo para outros. Isso sem falar do seu relacionamento com Ambrosius Goldenloin, que é o queridinho da mídia daquele lugar e que adiciona um camada a mais de complexidade nos conflitos.

Só que quem mais rouba a cena é a própria Nimona. O humor dela é algo que carrega o filme o tempo inteiro, mesmo em momentos mais emocionais da trama. Isso junto com um carisma bizarro que consegue te conquistar desde o primeiro momento e que só cresce conforme a história vai avançando. Com você se afeiçoando ainda mais com ela e que chega ao climáx em um momento chave do filme.

Óbvio que ainda é um filme infantil, então existem lacunas de mitologia e até mesmo da própria trama que ficam por ali. Mas sinceramente não me incomodou nem um pouco. Sendo exatamente o que eu estava esperando quando comecei a assistir: um filme divertido do começo ao fim.

Filme: Nimona
Distribuido por: Netflix
Nota: 08/10

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