Crítica | Transformes: O Despertar das Feras é um recomeço
Transformers: O Despertar das Feras surge com uma premissa nova, fugindo um pouco da obra que conhecemos, mas com detalhes ricos.
Publicado em 6 de Junho de 2023, às 01h08
A Geekship foi convidada pela Paramount Pictures para assistir Transformers: o Despertar das Feras antes da estreia oficial, e aqui você confere a crítica na íntegra, sem spoilers.
Os que são e que os não são fãs, mas que conhecem a saga, não se surpreenderão com o enredo, que segue a mesma premissa dos anteriores, onde os humanos possuem uma conexão na história dos robôs alienígenas que vivem na terra e decidem protegê-la.
Mas, a novidade é o que de fato começa a acontecer ao longo da trama, que pode, mesmo que brevemente, fazer as pupilas de nossos olhos dilatarem e nossos corpos arrepiarem, e também responder a algumas perguntas que podem ter surgido a partir dos filmes anteriores.
Vale observar que a história segue um pouco diferente, com facções e robôs novos, assim como é mostrado nos trailers que foram divulgados, e o intuito seria reiniciar a saga Transformers, explorando mais a conexão entre robôs e humanos, do que em lutas colossais e explosivas. E isso se deu desde Bumbleeble, que acontece nos anos 90, duas décadas antes dos eventos do primeiro filme.
Posto isso, é possível sim dizer que Steven Caple Jr., diretor da trama, conseguiu, de certa forma, acertar o que ele tinha como objetivo principal, mas a nossa mente entrará em conflito com as pontas soltas que são expostas, mas que serão amarradas enquanto assistimos.
Realmente, é possível perceber que não pouparam esforços e muito menos recursos com uma produção, pois os efeitos visuais são impressionantes e isso é uma das chaves principais da saga, o que pode acontecer de se sobressair quando o roteiro é um pouco fraco, o que pode ser o caso de alguns filmes.
Além disso, mais uma vez, a trilha sonora continua sendo um grande complemento, inclusive nos momentos de batalha, assim como os efeitos de slowmotion em determinados momentos da trama, nas lutas por exemplo, que fazem nossos olhos acompanharem cada movimento dos robôs, inclusive quando começam a se transformar em carros ou o contrário.
As explosões continuam sendo um dos destaques da trama, para dar mais dramaticidade e ilustrar bem a luta. Claro que, em determinados momentos, assim já é praxe de seus antecessores, podemos ter a sensação do excesso de explosões e faíscas, mas, é colocado de uma forma que não pese ou canse os olhos.
Ainda, é preciso citar as pitadas de humor e alguns diálogos chulos que colaboram com algumas risadas que podem surgir enquanto assistimos, o que pode quebrar um pouco a seriedade da trama, isso é, para aqueles que não possuem muito senso de humor.
Apesar de, ainda continuar com o breve clichê de heroísmo, o que faz parte de muitos filmes, a história foi muito bem montada, trazendo uma nova perspectiva, podendo até ser uma nova oportunidade para que o filme Transformers se perdoe com a crítica, mas para termos certeza, é preciso esperar os próximos passos.
Referências em outras produções, até mesmo de outros universos, não faltaram e são claras até mesmo para os não amantes de cinema, referências essas que vão de Senhor dos Anéis à Vingadores: Guerra de Ultron, entre outras produções.
Corridas e fugas ainda seguem fazendo parte da trama, com muitos tiroteios e explosões. Mesmo que por um breve momento pareça que o diretor se perdeu, é possível perceber que a história na verdade se conecta ao longo da trama.
Mesmo que por motivos rasos, de fato nossa atenção fica presa a tela, independente se já imaginamos quais serão os próximos passos da trama, pois logicamente, o que está por vir é uma verdadeira novidade.
O clímax do filme pode ser considerado que ele será uma espécie de recomeço para a saga, chegando até possível colocá-la no topo, mas isso é uma variável.
Se faltava antes um universo coeso e menos ilusório, certamente pode ser possível que o cenário mude daqui pra frente, o que pode colocar elevar a franquia com uma nova narrativa, desde que evite ruídos e as produções sejam uma colcha de retalhos, onde uma liga a outra de forma coesa.
Surpresas não faltam na trama, ainda mais em certos momentos que não esperamos, com uma leve dose de um plot twist que nos faz pensar quais serão os próximos passos do diretor.
De fato, para quem gosta da saga, também gostará do último lançamento, que está previsto oficialmente para o dia 8 de junho, apesar de ter fugido um pouco do escopo principal de seus antecessores.