The Electric State: 10 elementos que não podem faltar no filme

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The Electric State, da Netflix baseada na graphic novel homônima de Simon Stålenhag, precisa desses elementos da graphic novel original

Autor Gabriel Barbosa
Gabriel Barbosa

Publicado em 13 de Janeiro de 2025, às 09h00

The Electric StateThe Electric State. Foto: Divulgação

Com o trailer de The Electric State finalmente revelado, a adaptação da aclamada graphic novel de Simon Stålenhag já é um dos filmes mais aguardados de 2025.

Sob a direção dos irmãos Russo, conhecidos por seu trabalho em Vingadores e Agente Oculto, o longa promete trazer à vida a melancólica e visualmente deslumbrante história ambientada em uma América retrofuturista.

Para os fãs da obra original, a expectativa está lá em cima. Mas o que será que o filme precisa incluir para capturar a essência única da graphic novel?

1. A paisagem desoladora e melancólica

The Electric State conta com cenário melancólico. Foto: Divulgação

Um dos aspectos mais marcantes de The Electric State é o contraste entre a nostalgia dos anos 1990 e a decadência tecnológica. A jornada de Michelle e Skip pelo oeste dos Estados Unidos é permeada por cenários de cair o queixo: robôs gigantes abandonados, drones caídos e cidades desertas. A atmosfera sombria, quase apocalíptica, é fundamental para a narrativa e deve ser traduzida no filme com a mesma intensidade visual.

Aliás, o trailer já dá indícios de que os irmãos Russo estão comprometidos em recriar esse universo. Mas é certo dizer que os fãs esperam mais do que belas imagens e sim o peso emocional desse mundo.

2. A relação entre Michelle e Skip

Michelle e Skip na Graphic Novel The Eletric State. Foto: Divulgação

O vínculo entre a protagonista Michelle e seu robô companheiro, Skip, é o coração da história. Afinal, ele não é apenas um robô qualquer – sua aparência caricata, que lembra um personagem de desenho animado, contrasta com o mundo sombrio ao redor. A dinâmica entre os dois é cheia de ternura e momentos de introspecção, o que torna a jornada deles ainda mais envolvente.

Além disso, na graphic novel, Skip não é apenas um companheiro de Michelle, mas uma representação do contraste entre inocência e decadência. Sua aparência amigável e quase infantil é um contraponto à melancolia do mundo ao redor. No filme, seria essencial que essa dualidade fosse mantida, explorando como Skip simboliza a esperança e a conexão humana em meio à desolação.

Será que o filme conseguirá capturar essa relação única? Millie Bobby Brown, com sua habilidade de transmitir emoções intensas, e a direção dos Russo têm tudo para entregar essa conexão de forma impactante.

3. O mistério do irmão desaparecido

A busca de Michelle pelo irmão mais novo é o fio condutor da história. No entanto, a graphic novel aborda essa jornada de forma sutil, revelando pedaços do mistério ao longo do caminho. O filme precisará equilibrar a tensão dessa busca com o desenvolvimento emocional da protagonista.

Os fãs da graphic novel esperam que o longa mantenha o tom introspectivo e melancólico, em vez de transformar a trama em uma aventura de ação convencional.

4. O clímax devastador

Sem spoilers, mas o final de The Electric State é um dos momentos mais impactantes da obra. Ele amarra os temas de isolamento, perda e o impacto da tecnologia de forma devastadora. É essencial que o filme mantenha a coragem de entregar um desfecho que respeite a profundidade emocional da graphic novel, mesmo que isso desafie as expectativas do público casual.

5. A trilha sonora nostálgica

A ambientação nos anos 1990 não é apenas estética – a música desempenha um papel crucial para criar o clima da história. Se o filme incorporar uma trilha sonora nostálgica com clássicos da época, isso pode elevar ainda mais a experiência, transportando o público para o mundo de The Electric State.

6. As máquinas como personagens

Máquinas na graphic novel The Electric State
Máquinas na graphic novel The Electric State. Foto: Divulgação

Na graphic novel, as máquinas não são apenas parte do cenário – elas têm uma presença quase fantasmagórica, representando tanto o avanço tecnológico quanto sua decadência. Drones, robôs e estruturas abandonadas contam histórias silenciosas que enriquecem o universo da obra. É essencial que o filme capture essa dualidade, transformando as máquinas em “personagens” que refletem o estado emocional dos protagon

7. O Papel Crucial dos Drones Abandonados

Os drones espalhados pelo cenário são mais do que elementos visuais; eles contam histórias sobre o passado e o colapso da sociedade. Na graphic novel, há momentos em que Michelle interage com esses drones, reforçando o impacto da tecnologia obsoleta. No filme, incluir cenas que mostrem essas interações pode adicionar profundidade à narrativa e destacar o peso simbólico das máquinas.

8. O Colapso Social e o Impacto da Revolta dos Robôs

Embora o trailer mencione a revolta dos robôs, a graphic novel explora como esse evento destruiu o tecido social e psicológico das pessoas. Há uma atmosfera de luto coletivo que permeia a história, e seria interessante que o filme mostrasse isso não apenas nos cenários, mas também nas interações humanas – com personagens secundários refletindo esse colapso.

9. Momentos Específicos da Jornada

Na graphic novel, há cenas memoráveis que poderiam ser transpostas para o filme, como:

  • A travessia pelo deserto: Michelle e Skip cruzam vastas áreas desoladas, com robôs gigantes tombados e cidades fantasmas. A sensação de solidão nesses momentos é crucial para a história.
  • O encontro com o contrabandista e seu companheiro: A relação entre esses personagens traz um alívio cômico, mas também uma sensação de perigo constante.
  • A descoberta final sobre o irmão de Michelle: Esse é o clímax emocional da graphic novel, e sua execução no filme será determinante para conquistar o público.

10. A Ambiguidade do Final

Um dos aspectos mais marcantes da graphic novel é seu final ambíguo, que deixa espaço para interpretação. Será que os irmãos Russo terão coragem de manter esse desfecho? Ou optarão por algo mais direto para agradar um público maior? Os fãs esperam que o filme respeite a essência contemplativa da obra.

The Electric State tem tudo para se tornar um marco no cinema de ficção científica, especialmente se os irmãos Russo conseguirem traduzir a complexidade e a beleza da graphic novel para a tela grande. Com um elenco de peso e um mundo visualmente fascinante, o filme promete ser mais do que uma simples adaptação – uma experiência cinematográfica que combina emoção, nostalgia e reflexão.

Agora, resta a pergunta: será que o filme atenderá às expectativas dos fãs e conquistará novos públicos?

Por fim, o filme estreia na Netflix em14 de março de 2025.