Operação Hunt [Crítica]

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Um trecho de um dos períodos mais importantes da ditadura da Coreia do Sul ganha um capítulo nas telonas do cinema

Autor Diogo Quinto
Diogo Quinto

Publicado em 29 de Janeiro de 2023, às 23h17

Park Pyong-ho (Lee Jung-jae) e Kim Jung-do (Jung Woo-sung) em Operação Hunt.Operação Hunt (Foto: Divulgação/Synapse Distribution)

Com estreia marcada para o dia 2 de fevereiro nos cinemas brasileiros, “Operação Hunt” conta com um enredo bastante envolvente. O título se tornou um grande sucesso na Coreia do Sul, levando mais de 4 milhões de espectadores para as salas de cinema.

Filmes com articulações e conspirações políticas são extremamente comuns no cinema hollywoodiano. Entretanto, assistir um longa com essa primícia e contextualização em outra nação é interessantíssimo.

Durante as mais de 2 horas, sem dúvidas o expectador ficará tentando adivinhar qual lado está mais correto dentro de suas ideologias. Além disso, o filme certamente instiga o público a dar uma de detetive pra descobrir quem é o grande vilão.

“Operação Hunt” se baseou em uma história real

Operação Hunt também incorpora grandes discussões importantíssimas nos dias de hoje, como protestos contra ditaduras e outros conflitos que podem se tornar spoilers da trama. Há diversos lados, mas ainda assim os inocentes que vão sofrer com a falta de escrúpulos dos mais poderosos.

O conflito entre a Coreia do Sul e a Coreia do Norte deixou muitas feridas nas duas nações. A trama do filme é focada nos dramas dos sul-coreanos que por muito tempo tiveram ditadores no poder. O período final do comando de Park Chung-hee (1979) baseou o enredo do longa.

O desenrolar da história de Operação Hunt é hipnotizante, assim como a atuação de Lee Jung-jae (responsável também pelo roteiro do filme) que faz parte do elenco de “Round 6” e de Jung Woo-sung. Seus personagens fazem uma oposição magnética na telona, se tornando quase palpável a rivalidade existente entre eles.

Esse filme pode servir com uma porta de entrada para o interesse em filmes do gênero produzidos por asiáticos aqui no Brasil e no restante do mundo. “Parasita” e “Round 6” já serviram para o público abrir os olhos para esse mercado que está crescendo e mostrando que tem potencial para muito mais.