Pantera Negra: Wakanda Para Sempre [Crítica]

O luto já era de se esperar ao longo da trama, mas Pantera Negra: Wakanda Para Sempre (2022) consegue explorar bem esse sentimento com extremo respeito, fazendo assim uma homenagem digna ao Rei T’Challa (Chadwick Boseman).

O filme também consegue te prender com rituais da cultura de Wakanda, além de nos apresentar as consequências que a falta de um sucessor do Pantera Negra pode gerar para sua comunidade e também para as outras nações do mundo.

Mesmo com diversas polêmicas, Letitia Wright, que interpreta a Princesa Shuri, entrega uma atuação fantástica, sendo uma grande surpresa para aqueles que poderiam ir com expectativas baixas para o seu desempenho. Sua personagem mostra diversas nuances durante o filme, sendo uma representação interessantíssima sobre as fases do luto.

Outros destaque é Okoye, chefe da guarda de Wakanda, interpretada por Danai Gurira, que confirma ainda mais ser uma atriz de extrema entrega. Além de te fazer torcer pela personagem, Danai consegue representar com perfeição uma guerreira fiel e apaixonada por sua nação.

Nakia (Lupita Nyong’o) também brilha nas telhas após voltar depois de um período fora de Wakanda. A personagem mostrou de forma mais furtiva como a tecnologia unida com a inteligência pode se tornar um trunfo invencível.

Além disso, a Rainha Ramonda (Angela Bassett) luta com as armas que tem para manter Wakanda uma nação impenetrável e respeitada. Sem abrir mão de sua dignidade e sem dar abertura para nações se aproveitarem do falecimento de T’Challa, a Rainha se mantém forte e elegante.

Porém, o maior destaque vai para o vilão Namor (Tenoch Huerta). Esse personagem é um dos vilões mais interessantes de todo o universo da Marvel. Até o significado de seu nome enfatiza o quanto ele é temido e respeitado em sua comunidade.

Pantera Negra consegue uma sequência de peso

Diferente de outras tramas da Marvel, Pantera Negra: Wakanda Para Sempre conta com personagens extremamente bem construídos, carismáticos, que não são extremamente bonzinhos, fazendo o público se afeiçoar com mais facilidade até mesmo ao Vilão.

Nesse contexto, também se encaixa muito bem a personagem de Dominique Thorne, a estudante Riri Williams. Sabemos que sua personagem será importante no futuro, então sua participação serviu para apresentar suas grandes habilidades, mas entre tantas estrelas que tiveram seu espaço de destaque merecido, a personagem não brilhou como poderia.  

A trama do filme poderia ter sido melhor trabalhada, já que tiveram momentos em que a narrativa ficou corrida ou arrastada, talvez sendo o motivo de uma parcela do público sair com um sentimento estranho após assistir o filme. Mas, Wakanda Para Sempre tem uma representação importantíssima, além de ser extremamente cativante. A qualidade prevaleceu, sendo uma sequência que mantém o nome Pantera Negra em ascensão.