Acordo da Epic por “padrões obscuros” em compras no Fortnite é finalizado por órgão dos EUA

Compartilhar:

Serão mais de R$ 1 bilhão aos jogadores que se sentiram prejudicados pela forma de compra dentro do jogo battle royale

Carlos Vinicius

Publicado em 15 de Março de 2023, às 06h00

Epic GamesJogadores e pais de crianças que realizaram compras podem solicitar reembolso (Foto: Divulgação/Epic Games)

A Comissão Federal de Comércio (FTC na sigla em inglês) dos Estados Unidos finalizou o pedido para Epic Games reembolsar jogadores do Fortnite em US$ 245 milhões (mais de R$ 1,8 bilhão). Segundo o órgão, a empresa utilizou “padrões sombrios” que induziu players a realizarem compras que não gostariam e também permitiu aquisições por crianças sem envolvimento dos responsáveis.

“A Epic implantou uma variedade de truques de design conhecidos como padrões escuros com o objetivo de fazer com que consumidores de todas as idades fizessem compras não intencionais no jogo.”, disse a FTC em nota.

“A configuração de botão contra-intuitiva, inconsistente e confusa do Fortnite levou os jogadores a incorrer em cobranças indesejadas pressionando um único botão”, continuou o órgão americano.

Por meio de seu site oficial, a FTC diz que o valor milionário de 245 milhões de dólares será destinado a três grupos de jogadores ou pais:

  • Pais cujos filhos fizeram uma compra não autorizada com cartão de crédito na Epic Games Store entre janeiro de 2017 e novembro de 2018
  • Jogadores que foram cobrados em moeda do jogo (V-Bucks) por itens indesejados do jogo (como cosméticos, lhamas ou passes de batalha) entre janeiro de 2017 e setembro de 2022
  • Jogadores cujas contas foram bloqueadas entre janeiro de 2017 e setembro de 2022 após contestar cobranças não autorizadas com suas administradoras de cartão de crédito.

Em dezembro de 2022, a Epic já havia anunciado esse acordo e ainda uma outra quantia foi paga, de US$ 270 milhões, por violar a lei de privacidade infantil do país norte-americano.