A Casa do Dragão- Crítica da primeira temporada

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A Casa do Dragão, o spin-off derivado do fenômeno mundial de Game of Thrones, traz um primeira temporada de épica e muitos dragões.

Autor Nathalia dos Reis
Nathalia dos Reis

Publicado em 28 de Outubro de 2022, às 19h00

A Casa do Dragão- Crítica da primeira temporadaA Casa do Dragão- Crítica da primeira temporada

Nesse fim de semana tivemos o último episódio de A Casa do Dragão, o spin-off derivado do fenômeno mundial de Game of Thrones, transmitido pela HBO e pelo streaming HBO Max

Nessa série acompanhamos a dinastia da família Targaryen, 200 anos antes dos acontecimentos da primeira série, durante a guerra civil, conhecida como a Dança dos Dragões

Com produção da HBO, a produção mostrou que o universo das Crônicas de Gelo e Fogo ainda tem muitas historias oferecer, ainda mais quando falamos do trono de ferro de Westeros.

Enredo

Em A Casa do Dragão acompanhamos a historia que nos é contada no livro a Fogo e Sangue. Nele aprendemos sobre a guerra civil entre os herdeiros Rhaenyra e Aegon Targaryen, uma guerra que levou o fim dos dragões.

Tudo começa por conta de um problema de sucessão, já que a linhagem principal do rei Jaehaerys, O Conciliador, que não tinha herdeiros masculinos. Por isso foi realizado o Grande Conselho para decidir o futuro rei de Westeros. Havia duas propostas principais, a de Viserys, filho de Baelon, e a de Rhaenys, filha do falecido herdeiro Aemon, e a neta mais velha do rei. E claro que decidiram pela proposta masculina, e Viserys se tornou rei. E ai que as coisas começam a ir para o meio do caos.

O Grande Conselho.
O Grande Conselho.
Foto por Ollie Upton/ HBO

E é com essa premissa, que o enredo da série começa, e com o tempo e de forma bem amarrada, temos uma temporada que mostra o reinado de Viserys e os prelúdios da guerra.

Por se tratar de uma adaptação e os roteiristas terem muito terreno para cobrir até chegarem onde queriam, a série teve muito timeskips, e não se aprofundando em certas narrativas, sendo um dos pontos negativos, apesar de totalmente compreensível.

A primeira temporada soube como estabelecer o terreno para o conflito que esta por vir, explorando os pontos estressantes que fizeram tudo explodir, e deixando o conflito propriamente dito para a proxima temporada

Elenco e personagens

A escolha do elenco foi um dos pontos mais altos de toda a série. E só tem elogios, desde o personagem mais odioso ao favorito dos fãs, tudo foi feito de forma magistral por cada ator e atriz

Rhaenyra(Milly Alcook) e Alicent ( Emily Carey).
Rhaenyra(Milly Alcook) e Alicent ( Emily Carey).
Foto por Ollie Upton/ HBO

As atrizes que fizeram as versões jovens e adultas de Rhaenyra (Milly Alcook e Emma D’arcy) e Alicent(Olivia Cooke e Emily Carey) provavelmente tiveram uma das tarefas mais difíceis, interpretar as personagens em estágios diferentes. Elas souberam dar o tom de uma amizade, que aos poucos se tornou cinzas, conseguindo carregar o protagonismo

Rhaenyra(Emma D'arcy) e Alicent ( Olivia Cooke)
Rhaenyra(Emma D’arcy) e Alicent ( Olivia Cooke)
Foto por Ollie Upton/ HBO

Matt Smith provou ser um impecável Daemon Targaryen, mostrando um personagem complexo que dividem corações, além de ser dono das melhores improvisações da série, que trouxe uma profundidade em momento chaves da trama

Daemon Targaryen (Matt Smith).
Daemon Targaryen (Matt Smith).
Foto por Ollie Upton/ HBO

O clã dos Velaryon mostraram para que vieram, sendo uma das casas mais ricas de Westeros, e com o melhor casal da série, Rhaenys e Corlys. Um sempre sendo o suporte do outro, e os objetivos bem alinhados, mostrando o único casal desta historia que tem uma relacionamento saudável. Juntando isso a química inegável entre os atores Eve Best e Steve Toussaint, cada cena se tornou uma obra de arte

Rhaenys(Eve Best) e Corlys(Steve Toussaint).
Rhaenys(Eve Best) e Corlys(Steve Toussaint).
Foto por Ollie Upton/ HBO

Os atores que interpretam Otto Hightower e Criston Cole, Rhys Ifans e Fabien Frankel, conseguiram um ótimo feito interpretando dois personagens que não tinham como alguém gostar, e sendo, literalmente, as piores criaturas do reino(até piores que os dragões). Se não gostávamos de Joffrey e Ramsey por conta da sua brutalidade e falta de empatia, Otto e Criston misturam isso com uma frieza além do normal

 Otto Hightower(Rhys Ifans), rainha Alicent (Olivia Cooke), e Criston Cole (Fabien Frankel).
Otto Hightower(Rhys Ifans), rainha Alicent (Olivia Cooke), e Criston Cole (Fabien Frankel).
Foto por Ollie Upton/ HBO

Mas a grande performance foi a Paddy Considine, o ator de Viserys, esse homem brilhou como rei, entregando tudo desde o primeiro dia, até seu ultimo. Ele fez momentos tensos e leves, dramáticos e engraçados, como se fosse alguém nascido para aquele papel.

Rei Viserys I (Paddy Considine).
Rei Viserys I (Paddy Considine).
Foto por Ollie Upton/ HBO

Produção

O nível de produção de A Casa do Dragão é tão grande quanto as ultimas temporadas de sua predecessora, e também não era de se esperar menos, já que temos uma historia cheia de batalhas e dragões.

Caraxes dragão de Daemon.
Caraxes dragão de Daemon.
Foto por Ollie Upton/ HBO

Temos cenários conhecidos para publico, como Pedra do Dragão e a Fortaleza Vermelha, e outros que ainda não havíamos visto como um acampamento de caça e Derivamarca. Tudo feito com atenção aos detalhes para retratar aquela época, que era o ápice da cultura Targaryen

Viserys e Corlys em Derivamarca.
Viserys e Corlys em Derivamarca.
Foto por Ollie Upton/ HBO

O figurino com detalhes desde as roupas a armaduras estilizadas, que enriqueciam o cenário, e a fotografia das cenas externas, nos trouxeram novamente para aquele ambiente de fantasia. Isso claro, aliado ao fato que tínhamos um dragão mais lindo que outro.

Príncipe Daemon
Príncipe Daemon
Foto por Ollie Upton/ HBO

A Casa do Dragão apresenta uma primeira temporada, apesar das pequenas falhas, se mostrou solida, com mais acertos do erros, deixando um gostinho de quero mais, principalmente que agora que a guerra esta começando.