Crítica | 8º Episódio de The Last of Us: O Amor de Pai e Filha 

O último episódio lançado de The Last of Us foi o que mais demonstrou o lado sombrio de Joel (Pedro Pascal) especialmente quando ele soube que Ellie (Bella Ramsey) havia sido capturada.

A relação entre ambos germina em cada episódio e nesse foi ver que essa semente deu belas flores!

Dessa vez, vemos o quanto Ellie amadureceu e o quanto está apegada ao Joel, pois faz de tudo para mantê-lo vivo, devido ao ferimento que sofreu no episódio 6. Digo até que o episódio foi voltado para ela e seu amadurecimento.

É aqui que vemos um pouco mais do cuidado dos diretores. Afinal, levar uma facada em um cenário em que há poucos recursos, como remédios, é quase certo dizer que as chances de infeccionar são grandes, o que de fato aconteceu, especialmente porque Ellie não fazia a menor ideia de como tratar o ferimento. Um cuidado que deixa a trama ainda mais real.

Com Joel debilitado, Ellie precisa tomar rédeas da situação e é nisso que vemos o quanto ela aprendeu com ele, inclusive quando tenta caçar um cervo sozinha, carregando a arma que Joel usava, um rifle. 

Quando ela se depara com uma dupla de homens, que também procuravam comida para alimentar seu grupo e um deles, é quem certamente uma grande parcela de fãs odeiam, David (Scott Shepherd), pois ele é canibal. O ódio pelo personagem, que podemos dizer ser o contrário de Joel, se aflora quando sabemos que ele deu de comer a carne de um pai que morreu para a própria filha. 

Dada a circunstância, num cenário apocalíptico, por mais grotesco que seja, é algo que pode acontecer já que há pessoas que não conseguem viver sem carne animal. Seja no jogo ou na série, é um detalhe enriquecedor na história, pois é um fato que não podemos descartar que aconteça com uma parcela das pessoas.

David encontra primeiro o cervo que Ellie baleou e ela acaba fazendo uma barganha pelo animal por remédios e eles aceitam a troca. Vemos que a prioridade não é ela, e sim deixar o Joel vivo, pois os remédios são prioridade. 

O personagem David pode ser visto como uma pessoa que se aproveita da situação. Ele tem uma boa lábia, passa a imagem de um bom sujeito, diria até que é a pessoa que consegue atrair multidões para fazer as suas vontades.

Não só isso, mas vimos também algo que não difere tanto da nossa realidade, pessoas aproveitando da fé das pessoas para permanecerem no topo, para serem líderes, que no caso, é o David. Numa situação apocalíptica as pessoas estão frágeis e emotivas, então, colocar isso no enredo mostra que é preciso tomar cuidado com quem está do seu lado, mesmo numa situação que não seja pandêmica. E certamente, como vimos, as intenções que ele tinha com ela, não eram nada boas, pois ficou claro as vontades sexuais do personagem. 

Agora, esse episódio foi o grande clímax para a relação de Ellie e Joel. Vimos que ela fez de tudo para protegê-lo e ele, mesmo com um ferimento grave, fazendo de tudo para achá-la e salvá-la, o que, vendo por outro lado, escancara o amor entre pai e filha. 

Aos poucos, dado a todos os acontecimentos e situações que a Ellie precisou viver, vemos que a sua inocência, aquela que Joel tentou preservar, se foi. Diferente de antes, ela não se segurou quando precisou matar alguém, especialmente quando pensou que poderia morrer. 

As fidelidades com as cenas do jogo são, mais uma vez, são impressionantes e fidedignas, especialmente quando Ellie está para enfrentar o David e a cabana começa a pegar fogo. 

O medo fica extremamente escancarado em seu rosto após esse acontecimento e só é levado embora quando Joel aparece e a coloca em seus braços.

Último episódio de ‘The Last of Us’ é antecipado pela HBO

É possível dizer que essa decisão foi tomada devido a cerimônia do Oscar. O episódio será exibido às 22h na HBO e na HBO Max