Crítica | Cidade Invisível: 2ª Temporada

No segundo ano de Cidade Invisível, situada em Belém, no Pará, Eric retorna dois anos após os eventos da primeira temporada e encontra Luna sob os cuidados de Cuca. Ele quer voltar para uma vida normal no Rio de Janeiro, porém, precisa resgatar a filha após ela se meter em novos problemas.

Eu gostei da primeira temporada de Cidade Invisível. Achei que conseguiu mostrar o nosso folclore sem parecer brega e atualizar para uma audiência nova que talvez nunca tenha visto ele ser mostrado dessa maneira. Fechando, pelo menos para mim, de um jeito bem legal, só que sem deixar muita brecha para uma nova temporada.

O que acho que já pode começar como o primeiro problema dessa nova temporada. Eles trazerem de volta o Eric foi bobo de muitas maneiras. Não fez muito sentido e, por causa do final, parece até que não teve consequência alguma, já que pouco mudou naquele mundo.

Gosto como eles retratam boa partes das lendas, que por sinal eu não conhecia boa parte nessa segunda temporada, como a Matinta, mas é só isso que vale a pena. Usarem atores que condizem com a etnia das pessoas também é um ponto positivo, mas é só isso. Mitologia e representatividade não são suficientes para suportar um roteiro ruim e claramente uma corrida para comprimir tudo em apenas 5 episódios.

Porque a verdade é que nada faz sentido nessa temporada. Tudo acontece rápido demais, você não se importa com praticamente nenhum novo personagem e as mudanças que eles passam parecem que acontecem do absoluto nada. Nem ódio pelos vilões você tem durante a série toda, mesmo parecendo se esforçar para que nós não gostemos deles.

Vi até o final porque gosto bastante de como eles retratam o nosso folclore, mas é só isso. Uma pena porque gosto dos roteiristas e acho que eles poderiam fazer muito mais com o material que possuem. Uma pena, mas que pelo jeito não vai impedir que uma nova temporada surja.

Anime: Cidade Invisível
Distribuído pela: Netflix
Episódios: 5
Nota: 03/10