Crítica: 2ª temporada de ‘Record of Ragnarok’

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A segunda temporada de Record Of Ragnarok ainda segue a premissa da primeira, com lutas estéticas e histórias que despertam nossa curiosidade

Autor Gabriel Barbosa
Gabriel Barbosa

Publicado em 14 de Abril de 2023, às 07h02

critica 2 temporada de Record of Ragnarok2ª temporada de Record Of Ragnarok. Foto: Divulgação

A segunda temporada de Record of Ragnarok segue a mesma premissa da primeira, onde em cada luta, o personagem, seja Deus ou Humano, acaba indo ao seu máximo e descobrindo o seu verdadeiro limite.

Tanto a primeira, quanto a última temporada, possuem poucos episódios e o foco principal da trama são as lutas entre deuses e humanos.

Tais combates podem ser interessantes, mas também penosos de ver, até porque não se passa somente as lutas. É durante elas que conhecemos mais a história de cada personagem que está no ringue, o que vai na contramão de muitas produções que tendem a apresentar primeiro os personagens, seus poderes e traumas que foram estopins para ficar mais forte.

Esse diferencial no enredo pode ser o que nos prende na história, até porque começamos a assistir já pensando qual tipo de luta pode acontecer entre Deuses e Humanos, claro que, na realidade sabemos o resultado, mas a forma como a narrativa das lutas acontece podem ser consideradas impressionantes.

2ª temporada de Record of Ragnarok entrega lutas estáticas, mas que cativam. Foto: Divulgação

Fica claro que o são lutas a arma principal da série e a história dos personagens que passa durante elas é uma colcha de retalhos do enredo principal, que nos ajuda a emergir em cada cultura, desperta curiosidades sobre lendas e deuses. Essa junção de culturas certamente deixou o anime muito mais rico em detalhes.

Tais lutas continuam relembrando um cenário da Grécia, por exemplo, onde guerreiros se juntavam no coliseu para duras batalhas ou para punir as pessoas que violavam regras e leis.

E, semelhante a outros animes, há o momento em que a luta fica estagnada, como se uma pena flutuasse no ar observamos lentamente o seu contato com o chão, mas somos surpreendidos com rajadas de vento que fazem a pena voltar ao céu, e esse é o clímax do anime, quando as lutas ficam acirradas e intensas.

Os gráficos ainda não deixam a desejar, muito menos os efeitos especiais que enaltecem os poderes dos personagens e colaboram com a imersão nas batalhas, mas ainda assim, pecou, da mesma forma da primeira, em relação a estagnação. Poderiam trabalhar ainda mais em lutas colossais e intensas, que melhoram a experiência enquanto assistimos, pois somente frases que indicam movimentos não são o suficiente para uma melhor experiência e nem é preciso uma superprodução para tal.

Ainda assim, há muitas pontas soltas em alguns episódios, mas apesar disso, não deixa de ser um anime leve e de fácil compreensão, que pode ser até divertido e cômico de assistir.

Mesmo com alguns contras, há pontos bons na animação, como por exemplo a trilha sonora que calhou super bem, como uma peça de lego. E, apesar de uma certa enrolação para o clímax de cada luta, ficamos ansiosos para saber o desfecho final de cada batalha.

Em tempos atuais, com grandes produções que demonstraram lutas impecáveis, como Demon Slayer, Jujutsu Kaisen, Hell’s Paradise e outros, Record Of Ragnarok está alguns passos atrás. Nos resta esperar se tais detalhes serão melhorados na próxima temporada, que até o momento não foi confirmada.

Trailer da segunda temporada de Record Of Ragnarok