Diretores de ‘Castlevania: Nocturne’ fazem revelações sobre o futuro da série

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Em entrevista ao Collider, os diretores Sam e Adam Deats, e o co-showrunner, Kevin Kolde, dão detalhes do enredo e do futuro da série

Gabriel Barbosa

Publicado em 2 de Outubro de 2023, às 22h08

Castlevania NocturneApesar de não confirmarem a segunda temporada, há indícios que ela chegará. Foto: Divulgação.

Segundo uma entrevista exclusiva concedida ao Collider, os diretores Sam e Adam Deats, bem como o co-showrunner Kevin Kolde, compartilharam insights empolgantes sobre a aguardada série “Castlevania: Nocturne“.

A nova temporada da popular franquia estreou recentemente na Netflix, trazendo uma nova geração de personagens e uma trama situada 300 anos após os eventos da série original.

Nocturne transporta os espectadores para a Revolução Francesa, um cenário marcado por agitação social e uma iminente ameaça profetizada na forma de um messias vampiro.

Richter Belmont, interpretado por Edward Bluemel, é o protagonista compelido a enfrentar essa crescente escuridão, motivado pela tragédia de ter testemunhado o assassinato de sua mãe por um vampiro-mago poderoso quando ainda era criança.

Durante a entrevista, os diretores e co-showrunner expressaram entusiasmo e nervosismo ao trazer de volta a série Castlevania em uma forma completamente nova.

Eles discutiram o processo de seleção do período histórico e dos personagens principais, destacando Richter Belmont como uma escolha central que proporcionou uma conexão entre as temporadas anteriores e a nova série.

Richter Belmont personagem central de Castlevania: Nocturne: Divulgação

Adam Deats, diretor, compartilhou: “Antes mesmo de termos os roteiros, eu já tinha imaginado, sim, ele [Alucard] não deveria aparecer até o último episódio. Fiquei tão feliz quando li isso no roteiro pela primeira vez.”

Além disso, os criadores compartilharam detalhes sobre a evolução visual da série, aproveitando a oportunidade para refinar o estilo de design dos personagens e explorar novas tramas e mitologias. Sam Deats, também diretor, acrescentou: “Foi nossa primeira chance de fazer uma atualização e polir a base para o estilo de design dos personagens, algo que queríamos fazer há muito tempo.”

A série baseia a maioria de seus personagens e parte de sua trama nos jogos Castlevania: Rondo of Blood e Castlevania: Symphony of the Night, este último sendo uma das parcelas mais populares da série de videogames. No entanto, assim como a série original, Nocturne reinventa as histórias dos jogos de maneira criativa, oferecendo uma experiência única para os fãs.

Adam Deats também falou sobre o desafio de manter a qualidade das sequências de ação, compartilhando: “Sempre! Eu não sabia se poderíamos superar a temporada 2, episódio 7 [Trevor/Sypha/Alucard vs. Drácula], para ser honesto.”

Finalmente, os diretores falaram sobre o retorno de Alucard e abordaram a possibilidade de incorporar outros elementos icônicos da franquia Castlevania, mantendo um equilíbrio entre agradar os fãs e oferecer uma narrativa focada nos novos personagens e enredos.

Kelvin Kolde disse que sempre foi a intenção de trazê-lo de volta no último episódio. “Como aquele momento se desenrolou no final das contas – desde a concepção da história até o roteiro final e depois para o belo trabalho final que Sam e Adam fizeram – essas coisas sempre evoluem. Acho que ficou cada vez melhor a cada iteração. Valeu a pena para mim. Quando pessoas com quem conversei viram, elas disseram: “Meu Deus! É o Alucard!”

Ainda, os diretores deram detalhe sobre o personagem Drácula, que está vivo no final da série original.

Kolde considera que Drácula é uma daquelas coisas sobre as quais se fala muito porque, se você vai fazer, tem que fazer direito. “Sua história terminou de forma tão satisfatória. Se fôssemos além disso, precisaríamos de muito cuidado e consideração. Então, não sei. Vamos focar em Alucard e Juste, e continuar nossas conversas sobre o Drácula”, disse o diretor.

Por fim, os diretores não deixaram claro quantas temporadas Castlevania: Nocturne terá, mas deixaram claro que eles tem um “plano mais imediato e um plano mais amplo de onde as coisas podem ir. Veremos onde vamos parar. Com as cartas jogadas na mesa, nos resta aguardar quais serão”.