‘My Hero Academia: Agora é a Sua Vez’ é o legado de um herói (Critíca)

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Quarto filme do anime de heróis chega aos cinemas brasileiros dia 10 de outubro

Autor Rita Caló
Rita Caló

Publicado em 9 de Outubro de 2024, às 14h13

Trama do novo longa é situada após a guerra entre heróis e vilões exibida na sexta temporada do anime. | Imagem: Divulgação.Trama do novo longa é situada após a guerra entre heróis e vilões exibida na sexta temporada do anime. | Imagem: Divulgação.

O legado por trás de um ideal, esse é o pano de fundo da nova animação de My Hero Academia. Em sua última e icônica batalha contra All For One, All Might profere a frase “Agora é sua vez”, e é com as reverberações desse confronto que lidamos no quarto filme da franquia. Para os telespectadores a intenção era clara, mas a profecia feita ao vivo pode ter tido outros significados entre os integrantes daquele universo, que viviam sob a proteção do símbolo da paz. 

‘My Hero Academia: Agora é sua vez’, se passa entre a 6° e 7° temporada do anime, logo após o retorno de Deku à UA e antes da então em andamento batalha entre os heróis e as forças de All-For-One. Com um Japão em frangalhos e a confiança em seus salvadores abalada, a falta de um símbolo da paz permeia entre todos. Os alunos da UA se esforçam nas ruas para prender os fugitivos remanescentes, enquanto se preparam para a derradeira luta contra as forças inimigas. Nesse cenário, surge então um candidato a sucessor de All Might, com aparência e voz idênticas, mas com uma versão distorcida de seus ideais

Dark Might acredita ser o único capaz de suceder All Might. | Imagem: Reprodução

Com uma animação primorosa e trilha sonora empolgante, o longa traz de pano de fundo o legado do símbolo da paz, que mesmo após sua aposentadoria, ainda é o maior exemplo de força e honra de todos. Mas quais as consequências de deixar um posto tão importante em aberto? Aqui temos um vilão egocêntrico que acredita ser capaz de ocupar esse lugar, não com esperança, mas com força bruta.

O quarto filme de My Hero Academia tem direção de Tensai Okamura, com supervisão e design do mangaka Kôhei Horikoshi, criador do original. Assim como seus antecessores, não afeta a cronologia oficial, mas é necessário um conhecimento prévio para entendermos a obra, o que já é um padrão entre o gênero. 

Com grande parte dos personagens já conhecidos anteriormente, aqui somos apresentados a Giulio Gandini, um mercenário muito educado que aparece durante uma missão de Deku e tenta matar Anna, então refém de um vilão em fuga. Em meio a isso, surge nosso antagonista, Dark Might, que se autoproclama sucessor do símbolo da paz, e os integrantes da família Gorrini, liderada por ele. Embora esses últimos não sejam muito desenvolvidos, somam para acrescentar cenas de ação e dar tempo de tela aos demais heróis. 

Vale destacar aqui a sincronia do trio Deku, Bakugo e Todoroki, que novamente ganham destaque e batalham juntos. A composição ficou incrível e a animação das cenas explora de maneira mais grandiosa as diferente possibilidades de uso de cada individualidade. Porém, no finalzinho, passou da mão e tornou a sequência um pouco confusa, quebrando a imersão. 

No filme vemos o uso das individualidades sendo animado de maneira excepcional. | Imagem: Divulgação.

Para quem gosta de referência, o longa traz várias, desde a moto vermelha de Akira a Poderoso Chefão e RPG. Outro ponto importante é a dublagem brasileira, que com seus maneirismos torna a experiência única.

Em resumo, ‘My Hero Academia: Agora é sua vez‘ é uma aventura clássica e divertida, porém como plano de fundo uma mensagem importante, a herança e legado de All Might. Ideal para quem gosta da narrativa do anime, mas não está em dia e quer matar a saudade dos personagens.