Crítica: Seven Kings Must Die
Seven Kings Must Die, filme que encerra os eventos de The Last Kingdom, não falhou, mas poderia ter sido uma produção ainda melhor
Publicado em 16 de Abril de 2023, às 06h00
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O filme que encerra a história de The Last Kingdom, Seven Kings Must Die, estreou na Netflix nesta sexta-feira (14/04). A trama é inspirada no livro ‘Crônicas Saxônicas’, de Bernard Cornwell. A série estreou em 2015, na BBC e a Netflix interveio na produção da segunda temporada e, a partir da terceira, tomou as rédeas do projeto. Podemos encontrar todos os 36 episódios na plataforma.
Vemos que a trama não se perdeu do material original, mas o ponto ápice é saber que mesmo quem não assistiu a série, pode mergulhar na trama, desde que não perca os pequenos detalhes e entenda que o filme já se inicia num momento delicado de relações poderosas. Da mesma forma que a série, que foi impecável com a produção, relembramos com facilidade da mais aclamada, ‘Vikings’.
Esse cuidado foi minucioso. Acontece que o filme desperta curiosidade dos eventos anteriores para quem não acompanhou, o que pode servir de exemplo para outros diretores. Mas claro que, você sentirá umas pontas soltas que irão colaborar com a curiosidade para assistir a série.
Athelstan (Harry Gilby) acaba sendo o personagem principal da trama e tudo gira em torno da decisão dele. Qualquer passo que ele der, pode causar reações diferentes e é a curiosidade de suas decisões, que já podem ser consideradas meio óbvias, que nos prendem na trama.
A trilha sonora que colabora com cada cena e passo dos personagens, inclusive com o enredo de forma geral, colaborou de forma crucial com a imersão na história do filme.
Realmente, Edward Bazalgette, diretor, conseguiu construir os diversos enredos e histórias de cada personagem de uma forma excepcional, mas repetindo o que disse anteriormente, há pontas soltas que só serão atadas na série.
Para quem gosta de detalhes, realmente não se decepcionará com a trama, mas é preciso dizer que as cenas de lutas estavam passos atrás de outras produções, como Vikings, Game of Thrones e O Homem do Norte, mas é compreensível dizer que esse não era o estopim da série.
Ainda, dizendo sobre os cuidados e detalhes, é incrível como tentaram permanecer fiéis à época, desde mentalidade, onde homens gays, por exemplo, se odeiam e tentam de certa forma expurgar seus pecados travando uma guerra com a própria fé. Apesar de não ser muito explorado, é um detalhe enriquecedor da Idade das Trevas.
A maneira como apresentaram uma sociedade complexa de dinamarqueses pagãos e saxões cristãos – e pessoas que são um pouco dos dois – tentando, com alguma dificuldade, se dar bem, é cativante, pois ali aprendemos como é a diferença de culturas em um lugar só, na época.
Épico, seria a palavra ideal para descrever a trama, baseado nos romances de Bernard Cornwell e que se desenrola no século 10, mas pode gerar uma certa confusão se o telespectador tirar os olhos das telas.
De fato, a luta final, mesmo com perdas de personagens significativos e que marcaram a trama, deixaram uma marca em nós. A série, através do filme, encerrou de forma digna, sem muita enrolação ou malabarismos que poderiam deixar pontas soltas.
Com prós e contras, o filme é uma boa narrativa do período medieval, para fãs de Vikings e outras produções que remontam à época, certamente gostarão da trama, mas, para mergulhar de fato na história de Seven Kings Must Die é preciso assistir as 5 temporadas de The Last Kingdom, que também estão disponíveis na Netflix.