Microsoft oferece concessões à Sony para firmar aquisição da Activision

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Uma delas seria oferecer Call of Duty pelos próximos 10 anos no Playstation

Autor Carlos Vinicius
Carlos Vinicius

Publicado em 29 de Novembro de 2022, às 06h00

Microsoft oferece concessões à Sony para firmar aquisição de ActivisionCall of Duty poderá estar nos consoles Sony pelos próximos 10 anos (Foto: Reprodução/Playstation Blog)

A novela entre a Microsoft e agências reguladoras de diversos países pelo mundo ganhou um novo capítulo. A aquisição por US$ 69 bilhões da dona do Xbox pela Activision Blizzard, em janeiro desse ano, “levantou as orelhas” dos reguladores da lei de direito da concorrência nos Estados Unidos e na Europa. Para amenizar esse cenário, a gigante de tecnologia ofereceu à Sony uma série de concessões.

Segundo reportagem da Agência Reuters, a principal proposta da Microsoft seria oferecer Call of Duty pelos próximos 10 anos para sua rival Sony.

“A Sony, como líder do setor, diz que está preocupada com Call of Duty, mas dissemos que estamos comprometidos em disponibilizar o mesmo jogo no mesmo dia no Xbox e no PlayStation. Queremos que as pessoas tenham mais acesso aos jogos, não menos”, relatou um funcionário da Microsoft à Reuters.

O órgão regulador de concorrência da União Europeia tem até janeiro de 2023 para fazer uma lista formal de preocupações sobre o acordo entre Microsoft e Activision. A decisão final está marcada para 11 de abril.

Nos Estados Unidos, a situação da aquisição da Blizzard é ainda mais complicada. Uma reportagem do jornal Politico relatou que a Comissão Federal de Comércio estadunidense abrirá um processo antitruste para bloquear a operação.

E no Brasil?

O acordo entre Microsoft e Activision foi aprovado em outubro desse ano sem restrições pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) brasileiro. O órgão regulador afirmou que “não foram identificados incentivos para que a Microsoft dificulte o acesso de publishers concorrentes da Activision Blizzard às suas plataformas”.

Além do Brasil, Arábia Saudita e Sérvia também aprovaram a aquisição.