Riot quer desfazer acordo comercial com a FTX

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Desenvolvedora do LoL havia firmado um acordo comercial com a corretora de cripmoedas em agosto de 2021

Autor Carlos Vinicius
Carlos Vinicius

Publicado em 21 de Dezembro de 2022, às 06h00

Riot Games - FTXRiot Games firmou acordo milionário com FTX em 2021 (Foto: Reprodução/Riot Games)

Os desenvolvedores do League of Legends, a Riot Games, entrou com um processo no Tribunal de Falências em Delaware, nos Estados Unidos, a fim de desfazer seu contrato com a falida corretora de criptomoedas FTX. O acordo tinha duração de 7 anos e previa o logo da empresa de cripto em eventos do LoL.

As empresas assinaram o contrato em agosto de 2021. Segundo a especialista em cripto Molly White, o acordo firmou pagamento de US$ 12,5 milhões para o ano civil de 2022. Entretanto, até o momento foram pagos apenas US$ 6,25 milhões, sem perspectiva da Riot ver o restante do valor.

Para justificar o encerramento do contrato, a Riot relatou que a FTX não pode curar o dano a reputação causado pela falência da corretora.

“A FTX não pode voltar no tempo e desfazer o dano infligido à Riot após seu colapso.”, relatou a companhia no processo.

A empresa de games ainda argumenta que o contrato impede que ela tenha futuros contratos com outras corretoras de criptomoedas.

Entenda o caso FTX

Dentre as maiores corretoras de criptomoedas no mundo, a queda da FTX aconteceu em poucos dias. Tudo começou com uma revelação do site especializado CoinDesk em 2 de novembro, que apontou problemas no patrimônio da Alameda Research, empresa também de Sam Bankman-Fried, dono da FTX.

 Sam Bankman-Fried Foto: Getty Images
Foto: Getty Images

Com essa informação, Changpeng “CZ” Zhao, o CEO da maior corretora do mundo, a Binance, afirmou no Twitter que iria vender todos os tokens FTT, o que causou pânico no mercado. Dias depois, os saques de US$ 6 bilhões colapsaram a companhia que decidiu travá-los.

Uma esperança até apareceu em 8 de novembro, quando a Binance anunciou que compraria a FTX, mas o acordo ruiu em 24 horas. Três dias depois, a corretora entrou com pedido de falência e o presidente Bankman-Fried renunciou ao cargo.