Sequência de Cyberpunk 2077 se passará nos EUA por um bom motivo; entenda

Após a conclusão do desenvolvimento de Cyberpunk 2077, a CD Projekt Red finalmente está se preparando para a sequência do game, que terá o título de Project Orion. No último episódio do podcast Answered, na qual a equipe polonesa traz todos os detalhes dos bastidores da empresa e seus projetos, os funcionários do novo estúdio na cidade de Boston compartilharam seus planos e as melhorias culturais que farão para o novo jogo, além de como procuraram superar as críticas anteriores enquanto criam a “fantasiam futurística definitiva dos EUA”.

Muitas discussões circulam sobre se a sequência de Cyberpunk 2077 deveria deixar os Estados Unidos da América, para trazer ar fresco a uma licença que continua decolando. Uma conversa parecida ao que aconteceu com a saga de GTA, da Rockstar.

Já mencionada, a Europa também está de pé na fantasia distópica do jogo. Por conta disso, não seria surpreendente ver um game dos poloneses ambientado nas cidades futurísticas de Paris, Berlim ou Londres. Mas, Dan Hernberg, produtor executivo interino do estúdio polonês, a decisão de definir e desenvolver o Codename Orion no país norte-americano tem a ver com a identidade da marca.

Cyberpunk 2077 construiu seu mundo em torno dos pilares do capitalismo tardio, da destruição do ecossistema, da segurança cibernética e de implantes para melhoras as funções dos humanos. Assim, segundo o produtor executivo interino, “Cyberpunk é uma história exclusivamente americana”.

“Tem muita energia punk e foi escrita por um americano, então parece certo fazê-lo na América”, completou Herzberg. Uma decisão lógica se a equipe precisar capturar com precisão a atmosfera e a cultura dos EUA para o que chama de “fantasia pós-moderna americana”, algo que já foi possível ver no primeiro jogo, de certa forma.

Equipe local ajuda na autenticidade da sequência de Cyberpunk 2077?

A empresa, então, criou um estúdio na cidade de Boston, em Massachusetts, para capturar a melhor “essência americana” para a sequência. Isto será crucial no desenvolvimento enquanto o restante da equipe polonesa trabalha no próximo jogo da franquia de The Witcher.

Até o diretor associado do jogo, Paweł Sasko, reforçou a necessidade de ter uma boa representação da cultura estadunidense com um exemplo bem pontual. “Cyberpunk 2077, que foi feito na Polônia, tinha tampas de esgoto erradas para uma cidade na América”, comentou. Assim, a continuação não cometerá o mesmo erro.

Hernberg ainda detalhou pequenas coisas, como hidrantes e localização de lixeiras, que são coisas que diferem entre a Europa e os EUA. “Nossos meios-fios são diferentes, a cor dos nossos sinais é diferente. Tudo é um pouco diferente”, afirmou, enfatizando que as nuances podem influenciar a percepção do jogador sobre a autenticidade do mundo criado no jogo.

Assim, um novo estúdio estabelecido em Boston não somente aproxima a equipe da cultura dos EUA. Mas também permitirá que os desenvolvedores explorem talentos locais de alto nível. Alguns graduados de prestígio como Harvard e MIT vão se juntar ao grupo. Além disso, a CD Pojekt Red colaborará com seu estúdio na cidade de Vancouver, no Canadá, enriquecendo ainda mais o projeto.