Bizarro pode aparecer na sequência de Superman? Entenda quem é o clone trágico do Homem de Aço

Compartilhar:

Bizarro pode surgir na sequência de Superman como um clone trágico e poderoso. Conheça o personagem e sua conexão com o novo DCU

Autor Gabriel Barbosa
Gabriel Barbosa

Publicado em 13 de Julho de 2025, às 11h00

Bizarro, clone de SupermanBizarro, clone de Superman. Foto: Divulgação

Após a estreia de Ultraman no novo filme de James Gunn, os fãs se perguntam: será que Bizarro será o próximo a surgir? A resposta está nos quadrinhos.

O filme Superman (2025) deu início ao novo DCU com coragem, carisma e referências profundas ao universo das HQs. Uma das maiores surpresas foi a introdução de Ultraman, o clone imperfeito criado por Lex Luthor para enfrentar o Homem de Aço. Essa decisão criativa abre espaço para outro personagem clássico da mitologia kryptoniana: o Bizarro.

Mas afinal, quem é Bizarro? Por que ele faz sentido dentro dessa nova fase da DC nos cinemas? E quais são as pistas reais de que ele pode aparecer nas próximas produções? Abaixo, você encontra um guia completo – com base nos quadrinhos – para entender o personagem e o seu possível papel no futuro do DCU.

Quem é Bizarro? O reflexo distorcido do Superman

Nos quadrinhos da DC, Bizarro é um clone defeituoso do Superman. A ideia surgiu em 1958, na HQ Superboy #68, e desde então, o personagem passou por diversas reformulações. Em todas elas, no entanto, permanece o mesmo conceito central: ele é uma cópia imperfeita, que deseja ser herói, mas não compreende o mundo como nós.

Bizarro fala frases ao contrário (“Eu odeio você” significa “Eu amo você”), age com lógica invertida e possui um raciocínio lento e confuso. Apesar de tudo isso, ele não é um vilão no sentido tradicional. Ao contrário de Ultraman, que é cruel por natureza ou por criação, Bizarro costuma agir por inocência e incompreensão.

Mesmo quando se volta contra Superman, o faz em busca de reconhecimento ou pertencimento, e não por pura maldade. É o que torna Bizarro um dos personagens mais trágicos e emocionantes do universo da DC.

A origem de Bizarro nos quadrinhos

As origens de Bizarro variam de acordo com as versões e fases da DC, mas as mais conhecidas envolvem tentativas humanas de clonar o Superman:

  • Lex Luthor tenta recriar o DNA kryptoniano em The Man of Steel (1986), mas seu experimento falha e cria um ser deformado e instável.
  • Em Superman: Birthright (2003), cientistas do governo americano realizam a clonagem, que resulta novamente em um clone mentalmente frágil.
  • Em Forever Evil (2013), a LexCorp cria uma versão falha do Superman chamada “B-0”, que desenvolve um laço emocional com Lex Luthor.

Ou seja, a base de Bizarro nos quadrinhos sempre envolve clonagem, imperfeição e humanidade distorcida – e esses elementos já estão presentes no novo filme da DC.

O que conecta Bizarro ao filme Superman (2025)?

No longa de James Gunn, Lex Luthor cria Ultraman a partir do DNA do Superman colhido nos campos de batalha. O resultado é um clone imperfeito, que, embora poderoso, apresenta limitações cognitivas. Isso já ecoa a estrutura clássica das origens de Bizarro nas HQs.

Mais ainda: o filme estabelece que a clonagem é uma ferramenta válida e explorável dentro do universo narrativo. Luthor, como personagem, acredita que pode vencer o Superman com sua própria versão do herói — e esse tipo de obsessão é exatamente o que, nos quadrinhos, leva à criação de Bizarro.

Além disso, o próprio Ultraman é retratado como uma ameaça imediata e bruta, o que deixa espaço aberto para um Bizarro mais introspectivo e emocional em produções futuras. James Gunn pode usar os dois para representar lados diferentes da identidade do Superman: o que acontece quando ele é corrompido (Ultraman), e o que acontece quando ele é quebrado (Bizarro).

Bizarro e as possibilidades dramáticas no DCU

Incluir Bizarro em uma sequência permitiria explorar dilemas profundos sobre identidade, empatia e humanidade. Como lutar contra alguém que só quer ser aceito? Como lidar com um ser que parece seu reflexo, mas age como uma criança perdida?

Essa abordagem dialoga diretamente com o que James Gunn costuma fazer em seus filmes. Seus personagens – de Rocket Raccoon a Peacemaker – têm camadas emocionais, passados trágicos e intenções boas, mesmo quando erram. Bizarro se encaixa perfeitamente nessa proposta.

Além disso, a presença de Bizarro abriria espaço para discussões sobre manipulação genética, ética científica e até controle estatal sobre superpoderes, temas que já começaram a aparecer em Superman (2025).

Ele já apareceu em outras mídias?

Sim, e muitas vezes. Bizarro é um personagem recorrente em várias adaptações da DC:

  • Séries animadas, como Superman: The Animated Series, Liga da Justiça Sem Limites e DC Super Hero Girls;
  • Séries live-action, como Smallville e Supergirl, onde apareceu com visuais e histórias diferentes;
  • Jogos, como Injustice: Gods Among Us e Lego Batman, sempre mantendo sua fala invertida e personalidade confusa.

Essas versões ajudaram a manter o personagem vivo na cultura pop, mesmo fora dos quadrinhos.

Bizarro deve aparecer na sequência?

Com base nas HQs e nos caminhos narrativos abertos por Superman (2025), sim, Bizarro tem tudo para surgir em um futuro próximo do DCU.

A fundação já foi lançada: clonagem, falhas genéticas, Lex Luthor obcecado com o Superman e a construção de um universo onde vilões trágicos são tão importantes quanto os heróis.

E se James Gunn seguir a linha emocional e profunda que já demonstrou com personagens marginalizados, Bizarro será muito mais do que uma ameaça física – ele será um espelho distorcido daquilo que o Superman poderia ter sido sem amor, compreensão e empatia.