A megalomania destruiu Light Yagami

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Como a síndrome de “deus” fez Kira perder tudo.

Autor Shandler Gonçalves
Shandler Gonçalves

Publicado em 21 de Março de 2024, às 14h54

light-entediado-em-sua-escola-enquanto-coloca-sua-mao-no-rosto-para-apoia-loFoto: Reprodução Death Note / Estúdio Madhouse

Light Yagami, o carismático protagonista de Death Note, é a representação do que o poder faz com alguém. Desde o momento em que ele se depara com o Death Note, Light se lança em uma jornada rumo ao controle absoluto do mundo, mas, ele usa como máscara a desculpa de que está matando pessoas porque ele está “melhorando o mundo”.

Desde o princípio, Light justifica suas ações em nome da justiça. Ele enxerga sua missão como uma oportunidade de purificar o mundo do crime e da corrupção. Porém, conforme a trama se desenrola, percebemos que seu conceito de justiça está profundamente enraizado em sua própria megalomania. Light não apenas se vê como um executor da justiça, mas como um deus que determina o destino dos outros.

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Foto: Reprodução Death Note / Estúdio Madhouse

O auge da sua “síndrome de deus”

Essa megalomania começa com a transformação de Light em Kira, o nome pelo qual ele se torna conhecido como justiceiro. Ele não só se autoproclama como a encarnação da justiça, mas também exige submissão de outras pessoas. Claro, Light, muito provavelmente, era uma das pessoas mais inteligentes do mundo, mas, sua crescente arrogância o levou a subestimar aqueles que o contrariaram.

No confronto entre Light e seus oponentes (L, Near e até mesmo Mello), sua megalomania é posta à prova. Enquanto ele se afunda cada vez mais em sua própria vaidade, fica evidente que seu desejo por poder e controle é insaciável, aos poucos foi ficando cada vez mais difícil de se esconder em sua máscara de “justiceiro”. Na verdade, o que ocorreu foi que ele não se contentou em ser um mero justiceiro; ele queria ser um deus.

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Foto: Reprodução Death Note / Estúdio Madhouse

L usa a arrogância de Kira ao seu favor

Não podemos esquecer de citar um dos momentos mais icônicos da obra: o dia em que L enganou Light.

L anunciou, pela TV, que ele estava se apresentando ao mundo e que estava desafiando aquele que estava matando criminosos. Light é inteligente, facilmente ele poderia perceber que aquilo era uma armadilha e que o melhor seria não se revelar. Mas, L tocou no ego do Kira, que mesmo no início da obra, já era grande.

No desfecho da história, é a megalomania de Light que acaba por ser sua ruína. Sua busca pelo domínio absoluto o leva a cometer erros fatais (e até “bobos”).

Light com toda certeza tinha muito potencial e tinha tudo que era necessário para derrotar L e sair vitorioso, mas, infelizmente o poder o corrompeu (ou apenas mostrou quem ele sempre foi).

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