Vinland Saga: 7 diferenças marcantes entre o anime e o mangá
7 diferenças importantes entre o anime e o mangá de Vinland Saga, vale a pena conhecer as duas versões da história de Thorfinn.
Publicado em 21 de Maio de 2025, às 23h02
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Vinland Saga conquistou fãs no mundo inteiro com sua abordagem madura e visceral da era viking.
Adaptado do mangá criado por Makoto Yukimura, o anime chamou atenção não apenas pela qualidade da animação, mas também pelas mudanças narrativas em relação ao material original.
Quem leu o mangá percebe que, embora a essência da história esteja lá, o anime faz ajustes significativos – tanto estruturais quanto emocionais – que impactam diretamente a experiência.
Neste artigo, destacamos 7 diferenças marcantes entre o anime e o mangá de Vinland Saga, com base na leitura completa da obra e nas duas temporadas do anime. Acompanhe a gente se você é fã e quer entender melhor como fizeram essa adaptação.
1. Ordem dos eventos no início da história
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O mangá começa direto na ação: Askeladd e seus homens invadem um acampamento francês durante uma campanha militar. Só depois Yukimura nos conduz aos eventos do passado, explicando quem é Thorfinn e qual o papel de seu pai, Thors.
O anime, por outro lado, opta por uma narrativa mais linear.
Ele começa com a infância de Thorfinn na Islândia, apresenta Thors como um guerreiro que abandonou a vida de violência e constrói, aos poucos, o drama familiar até a tragédia que marca a virada do protagonista.
É uma escolha narrativa que aumenta o impacto emocional da jornada de vingança de Thorfinn, mesmo que altere o ritmo inicial da obra.
2. Violência suavizada nas batalhas
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Vinland Saga é brutal no mangá. Yukimura não hesita em mostrar os horrores da guerra – com membros decepados, expressões de desespero e sangue em abundância. A violência serve não só para chocar, mas para refletir sobre o custo humano da guerra.
O anime mantém batalhas intensas, mas suaviza ou exclui muitos quadros explícitos. Ao tornar a violência mais contida, os produtores deixam a experiência mais acessível, embora isso retire parte da crueza transmitida com força pelo mangá.
Ainda assim, a coreografia e a direção de ação continuam sendo pontos altos da adaptação.
3. Cliffhangers criados exclusivamente para o anime
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O estúdio Wit e, depois, a MAPPA, souberam adaptar o mangá com inteligência. Uma das decisões foi a adição de cliffhangers mais marcantes no fim de alguns episódios.
Um exemplo claro é o episódio 23 da primeira temporada, que termina com um clímax intenso entre Thorfinn e Askeladd – um momento construído com mais antecipação no anime do que no mangá.
Essas alterações não desrespeitam o material original, mas mostram como a narrativa foi ajustada ao formato episódico da TV, buscando manter o público engajado semanalmente.
4. As visões de Thorfinn: anime mergulha mais na psicologia
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Na segunda temporada, o anime introduz uma das sequências mais impactantes e inéditas da obra: os sonhos/visões de Thorfinn no episódio 9.
A cena em que ele caminha por um campo de corpos, reencontra Thors, Askeladd e encara versões diferentes de si mesmo, simplesmente não existe no mangá.
Essa adição foi um acerto absoluto. O anime aprofunda o trauma e o conflito interno de Thorfinn, tornando mais clara sua transição de um jovem tomado pela vingança a um homem que busca paz.
É um momento lírico, visualmente deslumbrante e emocionalmente devastador – que só o anime oferece.
5. Alguns personagens são apresentados em ordens diferentes
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O anime também reorganiza a apresentação de certos personagens. Einar, por exemplo, é introduzido já no início da segunda temporada com um flashback que mostra sua vida antes de se tornar escravo. No mangá, essa introdução é mais direta, sem tanto desenvolvimento visual.
Essa mudança permite uma conexão emocional mais forte com Einar desde o início, reforçando sua importância como contraponto ao Thorfinn pacifista que renasce após os horrores que viveu.
6. Pacing: o anime é mais enxuto
O mangá tem um ritmo muito mais contemplativo, especialmente na segunda fase da obra. Yukimura dedica páginas inteiras a reflexões, diálogos filosóficos e cenas silenciosas que constroem a alma dos personagens.
O anime, mesmo mantendo essa essência, precisa condensar esse ritmo para caber nos limites de episódios semanais. Com isso, os produtores aceleram ou simplificam alguns momentos – sem prejudicar a compreensão, mas diluindo parte da densidade original.
7. Askeladd ganha mais profundidade no anime
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No mangá, Askeladd já é um personagem fascinante: complexo, contraditório, cheio de camadas. Mas o anime amplia ainda mais esse aspecto, destacando sua origem, sua relação com o País de Gales e seus dilemas morais com mais peso e emoção.
Com a atuação marcante de seus dubladores e uma trilha sonora poderosa, Askeladd no anime se torna uma figura quase trágica. Ele é ao mesmo tempo mentor, antagonista e vítima de seu tempo – algo que a animação conseguiu explorar com maestria.
O anime de Vinland Saga respeita profundamente o mangá, mesmo quando toma liberdades criativas. Quem acompanha as duas versões percebe que cada uma tem sua força: o mangá mergulha mais na filosofia e na complexidade dos personagens, enquanto o anime potencializa o impacto visual e emocional com ritmo e intensidade.
Se você ainda não leu o mangá, vale a pena mergulhar na obra original de Makoto Yukimura. E se já viu o anime, vai se surpreender com a profundidade extra que o mangá oferece.
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