60 anos de X-Men: relembre histórias marcantes dos mutantes

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Edição especial de aniversário da HQ do grupo de mutantes foi lançada no Brasil em 2023 pela editora Panini.

Autor Bruno Uesso
Bruno Uesso

Publicado em 16 de Fevereiro de 2023, às 11h30

X-Men: 60 Anos são comemorados com uma edição especial de aniversário (Imagem: Divulgação/Editora Panini)X-Men: 60 Anos são comemorados com uma edição especial de aniversário (Imagem: Divulgação/Editora Panini)

Em 2023 os mutantes da Marvel completam 60 anos de trajetória com centenas de HQ’s publicadas no Brasil, diversos personagens e muitos enredos. Apesar de ser uma história tão presente na vida de todos, até pelos filmes mais recentes, como X-Men: Dias de um Futuro Esquecido e Logan, a criação do grupo de mutantes aconteceu em 1963 pelas mãos de Jack Kirby e Stan Lee. Segundo os autores, a HQ contava a história “dos super-heróis mais estranhos de todos”.

Em 1975, uma edição de quadrinhos foi publicada e transformou o Universo Marvel para sempre, preparando o território para a equipe mutante dos X-Men se transformarem no que são hoje e para a fase épica de Chris Claremont! Mas quais foram os eventos que abriram as portas para quase tudo o que conhecemos hoje sobre os X-Men? É esta pergunta que a Editora Panini busca responder em seu mais recente lançamento: Edição Especial De Aniversário dos X-Men.

Já nos anos 90, o grupo de heróis conheceu seus tempos áureos. Na época, a Marvel estava dividindo seus heróis entre os grandes desenhistas da empresa, como Rob Liefeld, que ficou responsável pela X-Force, divisão secreta e militar dos X-Men. Na época, a edição de lançamento vendeu por volta de 4 milhões de quadrinhos nos Estados Unidos, alcançando uma nova marca no mercado.

X-Men ficou aos cuidados de Jim Lee, conhecido também por Batman: Silêncio, e Liga da Justiça dos Novos 52, considerado um dos maiores desenhistas da geração. E não é à toa que a primeira HQ feita por ele com a história dos heróis mutantes vendeu 8 milhões de exemplares, um marco nunca antes alcançado na história dos quadrinhos.

A maioria dos personagens de X-Men que conhecemos e amamos hoje foram criados por John Byrne e Chris Claremont. Foi em 1980 que Claremont passou a adotar um discurso necessário em suas histórias: a questão do racismo e segregação. Seus personagens, diferente de outros heróis, nasceram com seus poderes, não foram vítimas de algum experimento ou escolheram ser assim, eles apenas são.

Como dizem por ai, a arte imita a vida e hoje muitos mostram as semelhanças dos discursos dos mártires na luta contra a segregação racial nos Estados Unidos, Martin Luther King Jr. e Malcolm X, com os grandes porta-vozes do movimento mutante nas histórias em quadrinhos: Professor Xavier e Magneto.

Malcolm X defendia a guerra contra quem negava sua existência e acreditava em se defender com quaisquer meios, assim como Magneto na luta dos mutantes na ficção. Já Martin Luther King Jr. acreditava na igualdade e buscava alcançar seus direitos por meios pacíficos, assim como o Professor Xavier.

Em suas centenas de edições publicadas nesses 60 anos de existência, muitos personagens apareceram e muitos momentos marcaram a história dos fãs. Por exemplo, Wolverine apareceu pela primeira vez como vilão – e não em uma história X-Men – mas em uma HQ do Hulk.

Já a HQ Inferno conseguiu unir os três títulos mais importantes dos X-Men na época: X-Factor, X-Men e Novos Mutantes. O quadrinho Deus Ama, O Homem Mata foi capaz de unir os X-Men e Magneto contra um inimigo em comum, Stryker, um carismático pastor que pregava o fim dos mutantes.