Ahsoka sinaliza para o fã de Rebels sem esquecer de contar uma ótima história

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Crítica do primeiro e do segundo episódio da nova série da Disney+, Ahsoka.

Léo Fuita

Publicado em 24 de Agosto de 2023, às 10h11

Ahsoka sinaliza para o fã de Rebels sem esquecer de contar uma ótima história(L-R): Ahsoka Tano (Rosario Dawson), Chopper and Hera Syndulla (Mary Elizabeth Winstead) in Lucasfilm’s STAR WARS: AHSOKA, exclusively on Disney+. ©2023 Lucasfilm Ltd. & TM. All Rights Reserved.

Depois da ótima Andor e da fraca terceira temporada de Mandalorian, a expectativa dos fãs do universo de Star Wars não era grande. Afinal somente uma das últimas 3 séries tiveram uma recepção boa e o histórico não está a favor das produções da Disney. O que, pelo menos nesses dois primeiros episódios, pode ter deixado os espectadores com um pouco mais de esperança.

Eu sou um aquele fã de Star Wars que viu muitas das coisas que saíram. Não cheguei a ler os livros como os fãs ainda mais hardcore, mas tenho um conhecimento acima da média das pessoas que só viram os filmes. Sendo alguém que gosta até mais das animações do que da grande maioria dos filmes e das séries e que queria que elas fossem incorporadas dentro do universo live action. O que acontece aqui e que talvez seja ao mesmo tempo um ponto positivo e um ponto negativo dessa nova série.

Reprodução / Disney+

O primeiro episódio é simplesmente perfeito. Consegue nos situar no que tem acontecido no mundo de Star Wars após o final de Rebels sem precisar apelar para diálogos expositivos. Ao mesmo tempo que vai nos apresentando ao novo problema que Ahsoka identificou e aos vilões que vão guiar os conflitos que teremos nessa temporada.

Isso tudo ainda conseguindo nos mostrar como é a relação dos personagens principais, Ahsoka, Hera e Sabine, e ainda desenvolvendo essas trocas enquanto nos guia pelo mundo.

O segundo episódio já coloca tudo em marcha e aprofunda ainda mais o nosso entendimento do mundo. Gosto como eles mostram que, mesmo depois do Império cair, ainda existem pessoas simpáticas à ele trabalhando na agora Nova República, afinal é impossível manter as coisas funcionando somente com as pessoas da rebelião. O que dá em um diálogo interessantíssimo entre o gerente da fábrica e Ahsoka e Hera.

Gosto bastante como trouxeram as bruxas de Dathomir da animação de Clone Wars também para o live action. Utilizando de uma mitologia ainda mais ‘mágica’ e que as vezes eu sentia falta no mundo de Star Wars. Utilizando dela como o ponto focal para trazer Thrawn, e provavelmente Erza também, de volta como o grande vilão a ser batido.

Reprodução / Disney+

Porém, como eu disse anteriormente, o fato de utilizar das animações como se todos soubessem o que aconteceu também é um ponto fraco. Já que não é todo mundo que assistiu tudo isso e que, talvez, possa ficar um pouco perdido com a quantidade de acontecimentos que tivemos nesse começo. Com tantos personagens que muita gente sequer conhece mas que já colocam tudo em andamento sem explicações mais profundas sobre o que aconteceu antes.

Para mim, que sou um fã que adora as animações, isso só deixa tudo ainda mais incrível. Utilizando de ótimos conceitos que antes eram ignorados nos filmes e séries, e finalmente trazendo eles à tona na série da minha personagem preferida de toda a franquia de Star Wars. Ótimos dois primeiros episódios e torço para que consigam fazer algo tão incrível como fizeram com Andor nessa nova série desse universo que eu amo tanto.