Crítica | Mestres do Universo: A Revolução

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Mestres do Universo: A Revolução continua a narrativa anterior mas como embate entre magia e tecnologia

Rita Caló

Publicado em 29 de Janeiro de 2024, às 16h35

Masters of the Universe: Revolution. | Imagem: COURTESY OF NETFLIX © 2024Masters of the Universe: Revolution. | Imagem: COURTESY OF NETFLIX © 2024

A Netflix trouxe recentemente mais uma animação no mundo do famoso desenho da década de 80, e embora seja lançada como um novo produto a série é uma continuação direta da produção anterior da plataforma. Mestres do Universo: A Revolução é uma obra repleta de ação e aventura e traz em seu cerne o embate entre magia e tecnologia.

Nessa nova aventura temos um mundo se recuperando logo após os acontecimentos de Salvando Eternia. O campeão de grayskull e seus amigos lutam para recuperar as almas dos heróis aprisionadas em Subternia, e logo em seguida tem a noticia de que o Rei Randor está prestes a morrer, que próximo de passar a coroa ao seu filho o questiona sobre suas responsabilidades como campeão e futuro governante.

Em paralelo temos Teela como a nova Feiticeira, em uma jornada para reestabelecer Preternia, para que os espíritos heroicos tenham onde passar a eternidade. Já em outro núcleo temos o vilão Esqueleto, que foi assimilado pela Placa Mãe, e agora tem ainda mais poder e cede de vingança, e junto de Hordak e sua Horda pretendem dominar o centro da magia no unuverso provando a superioridade da tecnologia.

Uma coisa é fato, a narrativa é uma clássica aventura capa espada com todos seus clichês e emoções, vestidos em uma animação caprichada e sem perder o ritmo. São ao todos 5 episódios que não desperdiçam tempo e vão direto ao ponto da história. Embora algumas justificativa fiquem meio confusas e poucas explicações sejam dadas a trama é envolvente, trazendo referências clássicas e antigas teorias, além de muita nostalgia.

Quem é chamado para a série esperando uma história focada no protagonista pode se pegar um pouco frustrado, assim como em Salvando Eternia o Príncipe Adam é deixado um pouco de lado, dando vazão a outros personagens, que inclusive já tiveram destaque anteriormente, como Maligna (No original Evil-Lyn), Tella e até o próprio Esqueleto. Embora seja muito bom ver a evolução dos demais integrantes é triste ver um He-Man tão pouco explorado, já que a ideia da nova animação é trazer um público que não foi familiarizado com o herói, logo não tem tanto apreço por ele.

No final temos um saldo positivo pra quem gosta de aventuras clássicas com algumas reviravoltas inesperadas, a nova animação não inventa a roda mas deixa o telespectador interessados ao longo da história. Não tivemos a esperada aparição de She-Ra, mas pra quem conhece a trama todos os indícios estão lá, provavelmente uma deixa para alguma futura temporada, que até o dia de hoje não teve nenhuma confirmação.

Mestres do Universo: A Revolução está disponível na Netflix.